Metro do Porto lança concurso para as duas futuras linhas da região

Vão avançar os projectos para a nova ligação entre a Estação de S. Bento e a Casa da Música, no Porto, e a expansão da Linha Amarela, até Vila d'Este, em Vila Nova de Gaia

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Em Gaia, o metro vai estender-se entre Santo Ovídio e Vila d'Este Nelson Garrido

A Metro do Porto anunciou, em comunicado, que lançou esta quarta-feira o concurso internacional para a elaboração dos projectos da nova Linha Rosa (G), que ligará S. Bento à Casa da Música do Porto, e o prolongamento da Linha Amarela (D), entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia. O investimento global previsto para todo o processo ronda os 290 milhões de euros, com este concurso em concreto a representar uma fatia de 4,7 milhões de euros.

O concurso prevê uma fase de pré-qualificação, na qual os candidatos serão obrigados a provar a sua “capacidade e competência técnica”, explica a empresa. Só aqueles considerados aptos poderão, então, apresentar as suas propostas, estando em aberto a possibilidade de cada concorrente elaborar projectos para ambas as linhas ou apenas para uma, já que o concurso está dividido em dois lotes – um para a linha do Porto e outro para a de Gaia.

As propostas serão avaliadas de acordo com dois critérios: o preço (70%) e a valia técnica (30%). “A Metro do Porto espera concluir este concurso e proceder à adjudicação dos projectos até ao fim de Dezembro deste ano”, refere-se no comunicado. Até essa fase deverá estar apresentado o estudo prévio, mas a totalidade do procedimento prevê também a avaliação e obtenção de declaração do impacto ambiental, bem como o projecto de execução. Na Linha Rosa tudo isto deverá levar 330 dias e custar 2,6 milhões de euros, esperando-se que o projecto para a expansão da Linha Amarela fique concluído em 270 dias e não custe mais do que 2,1 milhões de euros. A expectativa é que duas obras estejam concluídas até 2022.

O desenvolvimento da rede do metro do Porto tem sido debatido na campanha eleitoral, com os candidatos que se opõem ao actual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a exigirem a construção da projectada e desejada linha do Campo Alegre. O autarca argumenta que o valor disponível não permitia avançar com esse projecto. 

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