Polícia encontra malas de dinheiro em apartamento usado por ex-ministro do Brasil

De acordo com as autoridades ainda não se sabe a quantia de dinheiro que foi encontrada. Geddel Vieira Lima está acusado de tentativas de obstrução à Justiça.

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Geddel Vieira Lima era ministro da Secretaria de Governo do Presidente Michel Temer REUTERS/UESLEI MARCELINO

A Polícia Federal brasileira encontrou nesta terça-feira malas e caixas cheias de dinheiro num apartamento que aparentemente era utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está em prisão domiciliária e é acusado de corrupção.

O dinheiro, que ainda não foi quantificado, estava guardado em pelo menos oito grandes malas e cinco caixas, de acordo com fotografias divulgadas pela Polícia Federal após uma operação na cidade de Salvador, capital do estado da Baía, onde Geddel Vieira Lima mora.

As autoridades explicaram que chegaram ao apartamento graças a informações recolhidas durante uma investigação de corrupção, segundo a qual foi descoberto que a propriedade era usada habitualmente pelo ex-ministro, embora ainda não seja claro quem é o dono do apartamento. O ex-ministro está em prisão domiciliária em Salvador, acusado de tentativas de obstrução à Justiça em investigações de supostos desvios de dinheiro público.

De acordo com a acusação, o ex-ministro realizou manobras para dificultar as investigações sobre esquemas de corrupção no banco estatal brasileiro Caixa Económica Federal, que aparentemente desviou recursos de um fundo de investimento dessa instituição.

Até Novembro do ano passado, Geddel Vieira Lima era ministro da Secretaria de Governo do Presidente Michel Temer, mas foi forçado a renunciar devido a fortes pressões decorrentes de suspeitas de que havia incorrido no suposto crime de tráfico de influência.

Geddel Vieira Lima, um político que mantém uma amizade antiga e estreita com Michel Temer, ocupou uma das vice-presidências da Caixa Económica Federal durante a administração da ex-Presidente Dilma Rousseff e foi ministro da Integração Nacional entre 2007 e 2010, no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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