MOTELX, um festival para pensar o género

O festival chega este ano à 11.ª edição e decorre até ao próximo domingo nas salas do São Jorge e do Tivoli, em Lisboa.

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Roger Corman é um dos homenageados do festival MOTELX Rui Gaudêncio

Ofensivo, marginal, provocador… Chame-se o que quiser ao cinema de terror, o facto é que ele veio para ficar e não vai a lado nenhum. Prova disso é a popularidade constante (e crescente) do MOTELX, que chega este ano à 11.ª edição, a decorrer até ao próximo domingo nas salas do São Jorge e do Tivoli, com a presença entre nós dos homenageados Roger Corman (para uma conversa já amanhã, quarta-feira, às 19h00 no São Jorge) e Alejandro Jodorowsky (São Jorge, sábado 9 às 17h30).

E, como sempre, é um festival que não se limita a fazer um panorama da produção actual do género, tanto ao nível americano e asiático (na secção Serviço de Quarto, que ocupa o grosso da programação) como ao nível europeu (com oito longas-metragens de produção europeia seleccionadas para a secção competitiva). O MOTELX quer também contribuir para diversificar e pensar o género, quer através da competição de curtas de terror portuguesas que mantém desde 2009 ou das sessões especiais, conversas e debates que promove.

Este ano, haverá uma masterclass do colectivo White Noise sobre o cinema de terror da América Latina (São Jorge, domingo 10, às 16h00), e outra sobre o cinema transgressivo de autor de Jean Rollin e Walerian Borowczyk, pelos académicos Daniel Bird e Kier-La Janisse (São Jorge, sábado 9 às 16h00), a par do estudo de Alexandre O. Philippe sobre a “cena do chuveiro” de Psico de Hitchcock, 78/52 (São Jorge, sábado 9 às 14h50).

Haverá ainda painéis sobre caracterização, escrita e escultura, workshops dedicados aos mais novos e a continuação da procura dos traços do filme de género na história do cinema português — este ano através da exibição de Excitação, realizado pelo português Jean Garrett no Brasil em 1976 (São Jorge, sexta 8 às 19h25) e das co-produções luso-espanholas Crime de Amor de Rafael Moreno Alba (1971, São Jorge, sábado 9 às 16h55) e Espírita de Augusto Fernando (1976, São Jorge, domingo 10 às 19h00). Tudo razões para ir à descoberta da programação no site oficial ou nas salas do São Jorge e do Tivoli.

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