Confiança dos portugueses cresce para níveis nunca alcançados

O terrorismo é a preocupação que mais subiu entre a população no segundo trimestre do ano.

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Paulo Pimenta

A confiança dos portugueses subiu no segundo trimestre deste ano para níveis nunca antes alcançados, tendo o terrorismo sido a preocupação que mais cresceu face ao período homólogo, de acordo com o relatório internacional da Nielsen. Segundo o Estudo Global de Confiança dos Consumidores, o índice de confiança dos portugueses subiu 17 pontos face ao período homólogo, atingindo 82 pontos (100 é o grau de optimismo mais elevado), o valor mais alto desde sempre em Portugal, aproximando-se da média da Europa (85 pontos) e acima de países como França (75 pontos), Rússia (70 pontos), Itália (58) e Grécia (52).

"Uma das novidades é que a maioria dos portugueses (51%) já não considera que o país está em recessão económica, revelando-se até, nesta questão, um optimismo superior ao que se observa na média europeia (59% dos europeus acreditam que o seu país está em recessão)", lê-se no estudo.

O optimismo dos portugueses estende-se às perspectivas profissionais e financeiras, com melhorias em relação ao ano anterior, o que faz com que os consumidores estejam mais disponíveis para o consumo. Os consumidores portugueses também mudaram os seus hábitos de consumo, mas poupar continua a ser uma prioridade: "após o pagamento das despesas essenciais, 45% optam por utilizar o dinheiro excedente para fazer poupanças".

Os portugueses preocupam-se sobretudo com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, ao contrário dos restantes europeus, que estão essencialmente preocupados com o terrorismo e questões de saúde. Mas, ainda assim, a preocupação com o terrorismo é a que tem mais destaque neste trimestre face ao homólogo, ocupando agora a quarta posição nas preocupações dos portugueses.

"Estes resultados fazem-nos acreditar que as melhorias da situação nacional após o período de crise e este sentimento de recuperação tornaram os portugueses mais optimistas, provavelmente por estarem a conseguir recuperar de uma situação muito negativa no passado", considerou Ana Paula Barbosa, responsável da Nielsen Portugal, citada no comunicado.

Este inquérito online, a 30.000 inquiridos em 63 países, foi realizado em Portugal entre os dias 20 de Maio a 10 de Junho, com uma amostra de 499 inquiridos.

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