"Este orçamento não vai ter coisas más", afirma Pedro Nuno Santos

Na Festa do Avante!, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que dirige as negociações orçamentais com BE, PCP e PEV, respondeu a Passos Coelho dizendo que seria pior para o PSD se o Governo pudesse apresentar o Orçamento do Estado antes das autárquicas.

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Pedro Nuno Santos visitou a Festa do Avante! Nuno Ferreira Santos

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, considerou este sábado que a acusação do líder do PSD de eleitoralismo em relação ao Orçamento do Estado para 2018 é um elogio porque significa que as medidas que estão a ser trabalhadas são "boas para o país".

Pedro Nuno Santos esteve no Seixal, na Festa do Avante! - a rentrée do PCP -, onde foi questionado pelos jornalistas sobre as acusações de Pedro Passos Coelho de o Governo socialista estar a fazer a discussão orçamental de uma forma que “não é séria" e com fins eleitoralistas. "Obviamente que eu considero que é um elogio a acusação de eleitoralismo porque isso quer dizer que as medidas que estão a ser trabalhadas são boas para o país. E são, de facto", respondeu o governante.

Na sexta-feira à noite, em Vila Real, o líder social-democrata criticou a revelação de medidas orçamentais com objectivos eleitoralistas e apontou duas possibilidades a António Costa. "Ou apresenta o Orçamento antes das eleições autárquicas para os portugueses saberem todos com que é que vão contar quando vão fazer as suas escolhas, ou entende manter o calendário normal, e está no seu direito, ou então devia ser um bocadinho mais contido na forma como utiliza a discussão orçamental para favorecer as candidaturas autárquicas dos partidos que suportam o Governo", apontou.

"Se o Orçamento pudesse ser apresentado antes, seria muito pior para o PSD", avisou Pedro Nuno Santos, apelando ao líder do PSD para "começar a falar sobre o país". Sobre as críticas de Passos Coelho de que o Governo estaria a deixar escapar as coisas boas agora, para as más só serem conhecidas depois das autárquicas, Pedro Nuno Santos foi peremptório: "Este Orçamento não vai ter coisas más, é mais um Orçamento de avanço, porque infelizmente há muito ainda que recuperar face o que foi feito ao povo português durante os quatro anos deles."

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