Peças de Vhils danificadas pelo tufão Hato

Estragos provocados pelas inundações obrigaram ao encerramento da exposição do artista nas Oficinas Navais de Macau.

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LUSA/CARMO CORREIA

A exposição do artista Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, nas Oficinas Navais de Macau foi encerrada devido às inundações resultantes do tufão Hato, que provocaram estragos em algumas das peças, disse esta quinta-feira à Lusa o Instituto Cultural (IC) macaense.

"Algumas obras patentes nas Oficinas Navais N.º1 sofreram com as inundações, mas podem ser recuperadas", esclareceu o IC, acrescentando que, "devido ao espaço limitado das galerias locais", a exposição não irá reabrir, e as respectivas peças, que se encontram actualmente no Museu de Arte de Macau, vão "ser enviadas em breve para Hong Kong".

Na quarta-feira, o presidente do Instituto Cultural, Leung Hio, disse que as Oficinas Navais sofreram "danos graves" com o tufão que assolou a cidade no dia 23 de Agosto, causando dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avultados ainda por avaliar.

Primeira mostra individual de Vhils em Macau, a exposição Debris, ou Destroços, com cerca de 30 peças, foi inaugurada a 31 de maio e deveria ficar patente até ao dia 5 de Novembro.

As antigas Oficinas Navais N.º 1, um espaço entretanto revitalizado e dedicado às artes e cultura na península de Macau, ficam a poucos metros do Templo de A-Má e do Museu Marítimo.

Além das peças desta exposição, Vhils tem dois murais permanentes em Macau, um no Consulado-Geral de Portugal e outro na Escola Portuguesa. No entanto, a força do tufão Hato, o mais forte a atingir a cidade nas últimas décadas, destruiu dois muros exteriores da escola, um dos quais apresentava um mural criado pelo artista português no final de Maio.

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