PGR dá 45 dias ao DCIAP para fazer ponto da situação da Operação Marquês

Termina a 20 de Novembro prazo para investigadores deduzirem acusação contra José Sócrates e restantes 31 arguidos.

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Adriano Cunha, vice Procurador-Geral da República evr enric vives-rubio

O vice-procurador-geral da República deu 45 dias ao director do departamento que investiga a Operação Marquês para que este o informe  do estado do inquérito que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Segundo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR), o despacho de Adriano Cunha determina que o director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, "preste informação sobre o estado dos autos no prazo de 45 dias".

Por decisão da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, o inquérito terá de estar concluído até 20 de Novembro, altura em que passaram três meses sobre a junção ao processo da resposta às últimas cartas rogatórias enviada pelo DCIAP às autoridades angolanas e suíças, para apurar, entre outras coisas, dados relativos a contas bancárias e outros valores que os arguidos detêm naqueles países.

A informação de que Adriano Cunha tinha dado 45 dias ao director do DCIAP para ser informado foi avançada esta quarta-feira pelo Observador, depois de se ter sabido ontem que termina a 20 de Novembro o prazo para a equipa de procuradores liderada por Rosário Teixeira apresentar uma acusação contra os 32 arguidos do processo. Os investigadores tencionam, no entanto, não esgotar esse prazo.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates está indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Entre os arguidos estão ainda Armando Vara, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e antigo ministro socialista, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, João Perna, antigo motorista de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, antigo patrão de Sócrates no grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da Portugal Telecom, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.

Em causa estavam cartas rogatórias pendentes na Suíça e em Angola, considerando a PGR adequado que o inquérito fosse encerrado no prazo de três meses a contar da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória. 

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