Acelerar nos SUV para sair da crise

VW está a investir no segmento que promete mais retorno.

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REUTERS/Carl Recine

O modelo T-Roc, apresentado oficialmente esta semana em Itália e que já está a ser produzido na Autoeuropa, é uma das grandes apostas da VW para subir os lucros e tentar afastar-se do escândalo da manipulação das emissões de veículos a diesel. Antes, já apresentara o Atlas, um veículo utilitário desportivo (ou SUV, na sigla em inglês) de grande porte e, até ao final de 2018, o grupo alemão quer ter sete modelos SUV no mercado, de acordo com a Bloomberg. A ideia é enfrentar de forma directa os concorrentes que já têm uma forte presença no segmento de SUV, como a Nissan e a Toyota. No caso dos veículos como o T-Roc, designados de “compactos”, cerca de 80% dos seus clientes estão localizados na Europa e na China. Para o grupo alemão, o T-Roc “simboliza uma nova etapa na ofensiva dos SUV”.

Com uma forte aposta no design, na conectividade, digitalização, e personalização, o novo modelo tem versões a gasolina, e a diesel, sinalizando que, com ou sem escândalo, este último combustível ainda faz parte da estratégia do grupo. A possibilidade de haver um modelo híbrido é isso mesmo: uma possibilidade, que parece depender mais do mercado do que da empresa. Já a próxima década deverá assistir a uma nova investida através de carros eléctricos. Para já, a estratégia é mesmo rentabilizar o negócio dos SUV, cuja procura está a crescer.

De acordo com a VW, isso sente-se principalmente no segmento dos SUV compactos como o T-Roc, que deverá “quase duplicar de dimensão na próxima década”. Por tudo isto, percebe-se que o grupo alemão, que tem em curso uma forte redução de custos (que passa, por exemplo, pelo corte de milhares de postos de trabalho) por causa do problema causado por si mesmo, esteja particularmente atento à questão laboral que se está a viver na Autoeuropa.

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