Ataque suicida na capital do Afeganistão faz pelo menos 30 mortos

Daesh reivindicou o ataque que afectou sobretudo fiéis de minoria xiita.

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Um bombista-suicida fez-se explodir nesta sexta-feira na entrada de uma mesquita xiita, na capital afegã, enquanto outros atacantes invadiram o edifício, provocando a morte a, pelo menos, 30 pessoas e fizeram ainda vários feridos. Entre as vítimas estavam fiéis que se encontravam reunidos para as orações de sexta-feira, adiantaram fontes oficiais.

O ataque foi reivindicado pelo Daesh — anteriormente, o grupo radical já perpetrara vários ataques contra a minoria xiita no Afeganistão. O ataque fez com que reinasse o caos enquanto uns fugiam e outros procuravam por familiares desaparecidos.

“Os atacantes estão a chacinar pessoas como ovelhas mas não há ninguém que entre e que os salve”, contou Murtaza, um rapaz cujos pais ficaram presos dentro do edifício durante o ataque. “Muitas pessoas estão no chão e não há ninguém que as vá salvar”, acrescentou.

Ao final do dia de sexta-feira, a polícia garantiu que a mesquita na zona de Khair Khana, em Cabul, estava segura e que os três atacantes responsáveis pela investida estavam mortos. Testemunhas presentes no local contam que os atacantes lançaram granadas e a polícia afirma que o bombista-suicida se fez explodir mesmo à entrada da mesquita.

Um segundo bombista-suicida fez-se explodir junto de um grupo de mulheres, adiantou ainda um oficial da polícia. A polícia adianta ainda que conseguiram salvar cerca de 100 pessoas do interior do edifício. Três polícias morreram e oito ficaram feridos.

“Ao início, um bombista-suicida abriu fogo e martirizou dois guardas na entrada da mesquita e depois entrou”, contou à Reuters Sayed Pacha, uma testemunha que assistiu ao ataque.

Várias associações de direitos humanos condenaram o ataque, o mais recente no que toca a violência sectária no Afeganistão. “Os rebeldes que cometam estas atrocidades contra comunidades religiosas ou étnicas específicas estão a cometer crimes de guerra e, possivelmente, crimes contra a humanidade”, afirmou em comunicado uma investigadora da organização não-governamental Human Rights Watch, Patricia Gossman.

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