Pacheco Pereira vai abrir o seu arquivo na TVI24

Programas semanais vão partir de peças do seu arquivo e biblioteca, Ephemera, que "todas as semanas cresce metro e meio", diz ao PÚBLICO o historiador, que manterá a sua presença na Quadratura do Círculo, da SIC Notícias.

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PATRICIA MARTINS
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"Quem manda no programa é o objecto." O historiador e ex-deputado José Pacheco Pereira vai ter "um programa de autor" no canal de notícias TVI24, já a partir de Outubro, no qual vai dar a conhecer e explorar o seu gigantesco arquivo e biblioteca, em torno do qual se constituiu a Associação Cultural Ephemera. "O programa é feito a partir dos objectos existentes no arquivo, no sentido mais lato" – podem ser panfletos, manuscritos, filmes ou bandeiras com significado histórico.

Guardado na sua propriedade da Marmeleira, uma aldeia no concelho de Rio Maior, este gigantesco arquivo "todas as semanas cresce metro e meio", graças a depósitos e recolhas constantes de espólios, materiais de campanha ou documentação variada, diz o historiador, garantindo ao PÚBLICO: "Não é possível fazer a história contemporânea portuguesa sem vir cá." E se os objectos a partir dos quais fará televisão poderão por vezes parecer "triviais", serão sempre "materiais inéditos" com relevância histórica.

O novo programa terá periodicidade semanal e uma duração curta, de oito a 15 minutos, e estará não só no canal de televisão subsidiário da TVI mas também na Internet. Em cada episódio, que pode ser feito na Marmeleira, em estúdio ou fora, vai "falar sobre o que é relevante do objecto, o que significa historicamente e o que revela sobre o tempo", sobre a história política, religiosa ou social portuguesa, e não só.

Colunista do PÚBLICO e comentador da SIC, José Pacheco Pereira tinha um programa na SIC Notícias, o Ponto/Contraponto, que foi suspenso no início de 2017. Mas mantém a sua presença na Quadratura do Círculo, o programa de comentário político da estação de Carnaxide.

Em 2015, quando o PÚBLICO o visitou, o arquivo e biblioteca incluía cerca de 200 mil livros, milhares de pastas e objectos relacionados com a actividade política e sindical, dos cartazes aos documentos de comissões de trabalhadores ou materiais de campanha e propaganda, como pins e esferográficas, além de colecções de música e filmes. Agora, a crescer metro e meio por semana, num "fluxo permanente de entradas" gerido por voluntários e pelo próprio historiador, já terá aumentado consideravelmente, sobretudo no que toca a documentação. 

 

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