Governo: salário mínimo de 600 euros só no final da legislatura

PCP quer aumento de 557 para 600 euros já no próximo ano.

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Vieira da Silva, ministro do Trabalho, afasta aumento do SMN para 600 euros já em 2018 Daniel Rocha

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, reiterou nesta quinta-feira que o Governo mantém o objectivo de aumentar o Salário Mínimo Nacional (SMN) para 600 euros "no final da legislatura" e não em 2018 como pede o PCP.

Questionado, no final do Conselho de Ministros, sobre a exigência do PCP que defende um aumento de 557 euros para 600 euros já em Janeiro do próximo ano, o ministro do começou por dizer que este "não foi um tema abordado" na reunião de Governo.

"O Governo irá cumprir o que está no Programa de Governo que é apresentar à concertação social um valor para o SMN para 2018, valor esse que se enquadra no objectivo fixado de atingir no final da legislatura os 600 euros", afirmou.

No seu programa, o executivo compromete-se a propor às concertação social "uma trajetória de aumento do SMN que permita atingir os 600 euros em 2019: 530 euros em 2016, 557 euros em 2017, 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019"

Na semana passada, em Guimarães, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reafirmou que existem "razões de preocupação" porque, disse, "em matérias várias não há resposta a legítimas expectativas dos trabalhadores".

E entre as medidas elencadas referiu-se ao aumento do salário mínimo: "Lá nos encontrarão determinados a tudo fazer pelo aumento geral dos salários, nomeadamente pelo aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 600 euros, em Janeiro de 2018, de modo a contribuir para a melhoria das condições de vida e o estímulo ao desenvolvimento económico", afirmou.

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