Rocket atinge feira de comércio em Damasco
Evento pretendia assinalar "regresso da calma". Assad falou pouco antes na televisão.
Um rocket atingiu a entrada de uma feira internacional de comércio em Damasco que pretendia assinalar “o regresso da calma e estabilidade à maioria das regiões” do país.
A feira realiza-se pela primeira vez desde 2011 e o seu director-geral, Fares al-Kartally, descreveu-a como “um marco na reconstrução do país”. A televisão publica noticiou o ataque sem dar conta de vítimas, a organização com sede em Londres Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse que morreram cinco pessoas e dezenas ficaram feridas.
A feira era um evento com grande importância antes do início da guerra na Síria. Ainda deve decorrer durante mais dez dias.
No mesmo dia, o Presidente Bashar Al-Assad congratulou-se, numa declaração na televisão, com o facto de “a tentativa do Ocidente” o derrubar “ter falhado”. Agradeceu aos aliados, incluindo a Rússia, o Irão e o movimento xiita libanês (apoiado por Teerão) Hezbollah, cujo “apoio directo possibilitou avanços maiores no campo de batalha e reduziu as perdas”.
Assad reprimiu com violência protestos contra o seu regime na sequência da Primavera Árabe, matando pessoas em manifestações. A violência foi escalando e o conflito evoluiu para uma guerra civil com presença de vários actores e combatentes estrangeiros. A entrada da Rússia no conflito é vista como tendo dado uma vantagem decisiva a Assad.
Morreram mais de 330 mil pessoas e milhões foram deslocados.
Agora, disse Assad, “a batalha continua”.