Steve Bannon regressa ao Breitbart News

Horas depois de deixar a Administração Trump, Steve Bannon, conhecido como a voz da extrema-direita na Casa Branca, regressa ao site da chamada alt-right como director-executivo.

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Bannon foi director do Breitbart News antes de se juntar a Trump enquanto conselheiro LUSA/JIM LO SCALZO

No próprio dia em que abandonou o cargo de conselheiro de Trump na Casa Branca, Steve Bannon faz um regresso. O homem que ficou conhecido como a voz da extrema-direita na Casa Branca, em Washington, vai regressar ao site Breitbart News, da chamada alt-right – um grupo não organizado de pessoas, na maioria com base nos EUA, mas com alguma expressão também no Canadá e na Europa, que defendem ideias xenófobas, racistas e sexistas.

Bannon volta ao site como director-executivo. “O movimento nacional-populista ficou muito mais forte hoje”, disse o editor-chefe do Breitbart News, Alex Marlow, num comunicado, citado pela CNN Money. “O Breitbart ganhou um director-executivo familiar com a agenda de Trump”.

O Breitbart foi denunciado em diferentes ocasiões por publicar artigos racistas, misóginos, homofóbicos ou xenófobos. O populista e nacionalista Bannon, que agora deixou de ser o principal conselheiro de Trump, tem 63 anos e já foi director da referida publicação.

Horas antes, surgira o anúncio de que Trump dispensou os serviços do seu estratega. "Hoje [sexta-feira] é o último dia do Steve", confirmou a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders, referindo tratar-se de um processo de mútuo entendimento. Steve Bannon foi sempre tido como a voz da extrema-direita e nos últimos meses terá protagonizado momentos de tensão dentro da Casa Branca.

Foi com Bannon que o Breitbart se popularizou como baluarte da alt-right norte-americana. Porém, Bannon mudou-se para a campanha presidencial de Donald Trump, que acabaria por escolhê-lo como um dos principais conselheiros. Durante a corrida presidencial, o Breitbart registou tráfego online ao nível de jornais estabelecidos como o Wall Street Journal, e a sua popularidade nas redes sociais foi comparável aos sites da CNN ou do New York Times.

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