Incêndios: Mação e Gavião são os mais preocupantes, mas situação está mais calma

Protecção Civil diz que as previsões meteorológicas se mantêm desfavoráveis para os trabalhos de combate às chamas.

Foto
Combate às chamas em Mação Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Os fogos de Mação, Santarém, e Gavião, Portalegre, são os que mais preocupam a Protecção Civil nesta sexta-feira de manhã, ainda que a situação esteja mais calma, com o incêndio de Mação a registar apenas três pequenas frentes activas.

O ponto de situação em relação aos fogos que lavram no país foi feito na manhã desta sexta-feira pela adjunta de operações da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, que adiantou que as previsões meteorológicas se mantêm desfavoráveis para os trabalhos de combate às chamas, sobretudo devido ao vento, e que durante a manhã de hoje a Protecção Civil vai reunir-se para decidir se se mantém o nível de alerta especial laranja, ou se haverá lugar a uma revisão.

Desde as 0h desta sexta-feira já deflagraram 21 incêndios, e estavam às 9h em curso cinco, com três ocorrências mais significativas a ser acompanhadas pelas autoridades: os fogos de Mação e Gavião, e um incêndio em Vieira do Minho, Braga, com uma frente activa, mas que até ao momento não tem “pontos críticos identificados”, não levantando grandes preocupações.

“Em Mação temos toda a área operacional dividida em diferentes sectores. Nestes sectores temos pequenas frentes activas, duas delas com 200 metros e uma com 100 metros. Temos muitos pontos quentes para consolidar, um trabalho que vai ser garantidamente muito demorado, especialmente com recurso à maquinaria pesada e aos meios aéreos e terrestres”, disse Patrícia Gaspar, especificando que em Mação é na Herdade da Murteira e em Rio Frio que se localizam as frentes activas.

A estrada nacional 244 permanece cortada entre Mação e Chão de Codes e entre Torre e Mação.

No incêndio do Gavião, a situação “é semelhante”, com um “teatro de operações estabilizado, sem situações críticas em curso ou ponto sensíveis identificados”, mas as previsões meteorológicas para a tarde de hoje, com temperaturas elevadas e vento, fazem com que os trabalhos de consolidação a realizar sejam “absolutamente fundamentais”.

O balanço mais axtualizado do número de feridos regista 61 pessoas assistidas e 93 feridos, dos quais sete em estado grave.

Desde dia 11, quando deflagrou o grande incêndio de Abrantes, mais de 200 pessoas já foram retiradas de suas casas, não estando ainda apurado quantas já puderam regressar às suas habitações.

Em Ortiga, próxima de Belver, onde teve início o incêndio do Gavião, foi na quinta-feira necessário retirar algumas pessoas de um parque de campismo, adiantou Patrícia Gaspar.

Sugerir correcção
Comentar