No Príncipe Real, o Real Fado celebra a música tradicional lisboeta

Com três concertos semanais, o Príncipe Real faz silêncio para se cantar o fado. O Real Fado pretende homenagear a música tradicional lisboeta.

Foto
O bar Pavilhão Chinês é um dos locais escolhidos como palco para o Real Fado. miguel madeira

O Príncipe Real faz silêncio para se ouvir o fado às terças, sextas e domingos. O Real Fado homenageia e celebra a música que é considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade. Em três locais diferentes e com três concertos semanais, o evento explora desde os sons mais tradicionais ao resultado de influências de outros géneros musicais no Fado.

O Real Fado escolheu como locais para celebrar a música tradicional lisboeta o bar Pavilhão Chinês, o Reservatório da Patriarcal e a Embaixada, no Palácio Ribeiro da Cunha. A música adapta-se a cada local, sendo que “os cerca de 25 concertos foram desenhados e adaptados ao carácter e perfil dos locais que os acolhem”, explica a organização em comunicado.

Às terças-feiras, a música ecoa no Pavilhão Chinês. O final de tarde é composto por “um concerto íntimo no bar mais icónico de Lisboa”. É neste espaço que o Real Fado se dedica à sonoridade tradicional deste género musical. Durante o mês de Agosto, entre as 19h00 e as 20h00, os artistas Sandra Correia, Tânia Oleiro, Pedro de Castro e André Ramos marcarão presença no bar do Príncipe Real. Nesta terça-feira, 1 de Agosto, decorreu o concerto de Sandra Correia e Gonçalo Castelbranco, acompanhados por Pedro de Castro, na guitarra portuguesa, e André Ramos, na viola.

Os concertos mudam-se para o Reservatório da Patriarcal às sextas-feiras. É no Reservatório que a iniciativa celebra o fado e outras sonoridades, ao explorar a influência deste tipo de música no mundo e também de outros géneros musicais no Fado. O espaço no subsolo da Praça do Príncipe Real recebe este mês os artistas Cristina Clara, Edu Miranda e Pedro de Castro.

Aos domingos, o fado intemporal é ouvido na Embaixada, situada no Palácio Ribeiro da Cunha. O palácio neo-árabe, que foi transformado numa galeria comercial, é o local escolhido pelo Real Fado para juntar o passado e o futuro. Entre as oito e as nove da noite poderá assistir às actuações de Maria Amélia Proença, Buba Espinho, Pedro de Castro, Carlos Manuel Proença e Francisco Gaspar.

O evento é promovido pela Eastbanc Portugal, com o objectivo de “explorar estas melodias e letras autenticamente portuguesas em três locais cheios de carácter e magia”, segundo o comunicado. Esta iniciativa já levou 13 concertos ao Príncipe Real, que contaram com fadistas como José Manuel Rato e Teresinha Landeiro.

A iniciativa que leva o fado a “locais surpreendentes” do Príncipe Real teve início em Julho e decorre até ao final de Agosto. Os bilhetes para assistir aos concertos custam 20 euros, com bebida incluída.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar