Ainda não há arguidos no caso da fuga de informação do exame de Português

Caso está a ser investigado há mais de um mês, mas ainda não se conhecem resultados.

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O exame de Português foi realizado por mais de 70 mil alunos adriano miranda

A alegada fuga de informação sobre o conteúdo do exame de Português do 12.º ano, realizado a 19 de Junho, continua a ser investigada pelo Ministério Público, mas até agora ainda não foram constituídos arguidos, indicou ao PÚBLICO o gabinete de comunicação da Procuradoria-Geral da República. O caso está também a ser investigado pela Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), sem que se conheçam ainda resultados.

A existência da alegada fuga foi denunciada por um professor de Lisboa após a realização do exame de Português, quando constatou que alguns dos conteúdos do enunciado coincidiam com os que tinham sido revelados numa gravação que um dos seus alunos lhe tinha dado a conhecer dias antes da realização da prova.

Nessa gravação ouve-se o que parece ser uma aluna a dizer que uma professora que dá explicações e pertence a um sindicato aconselhou a que se estudasse muito Alberto Caeiro e que se treinasse uma composição sobre a importância da memória. A informação revelou-se certeira face ao que saiu no exame.

Segundo o jornal Expresso, que divulgou a denúncia da suposta fuga, tanto a aluna como a professora teriam sido já identificadas.       

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, garantiu que o exame não seria anulado, mesmo que a investigação venha a confirmar que existiu uma fuga de informação. Os resultados da prova de Português, que é obrigatória para todos os alunos do 12.º ano, foram divulgados a 13 de Julho. A média subiu de 10,8 para 11,1 valores.

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