Novo Banco fecha semestre com prejuízo de 290 milhões

O Novo Banco registou um resultado líquido negativo de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma melhoria de 20% face aos 362,6 milhões de euros do período homólogo.

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Rui Gaudencio

O banco - que se encontra em pleno processo de venda aos americanos da Lone Star - explica os prejuízos com a limpeza de balanço que continua a efectuar. 

No comunicado enviado ao mercado, a instituição gerida por António Ramalho dá conta de "provisões, no valor de 413,1 milhões de euros, uma redução de 28,4% face ao período homólogo". No entanto, acrescenta, "no decorrer deste semestre foi constituída uma provisão para reestruturação (39,1 milhões de euros) e para actividades em descontinuação (40,0 milhões de euros)". Por outro lado, "as imparidades para crédito no valor de 258,3 milhões de euros mantêm um nível elevado e semelhante ao semestre homólogo (282,4 milhões de euros em Junho de 2016)".

No que diz respeito à actividade bancária, o Novo Banco apresentou um "produto bancário comercial que ascendeu a 367 milhões de euros, abaixo do registado no 1º semestre de 2016 (-9,1%), influenciado pela redução observada no resultado financeiro (-19,6%) a qual absorveu a totalidade da melhoria nas comissões obtidas nos serviços prestados a clientes (+10,5%)".

Já os "custos operativos elevaram-se a 265,2 milhões de euros evidenciando uma quebra de 12,8% face ao período homólogo do ano anterior, reflexo das melhorias concretizadas ao nível da simplificação dos processos e da optimização das estruturas com a consequente redução de balcões e colaboradores".

Neste contexto, "o resultado operacional (antes de imparidades e impostos) foi positivo em 171,5 milhões de euros (+20,5% que no 1º semestre de 2016)". Para António Ramalho, citado no comunicado dos resultados, “estes resultados evidenciam o enorme esforço de reestruturação do banco, quer no aumento dos resultados operacionais, quer na redução continuada de custos”.

O crédito a clientes do Novo Banco totalizou 32,2 mil milhões de euros, menos 1,3 mil milhões devido "ao processo de desalavancagem em curso". Já os depósitos de clientes de 25,4 mil milhões de euros ficaram acima do registo do primeiro trimestre de 2017 (+ 200 milhões de euros), com o rácio de transformação a evoluir favoravelmente para 106% (face aos 110% de Março). 

Relativamente às comissões cobradas aos clientes, o Novo Banco esclarece que estabilizaram, "não obstante o processo de desalavancagem em curso".

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