Porsche surpreende ao trocar Mundial de Resistência pela Fórmula E

Marca germânica diz-se atraída pela liberdade de desenvolvimento tecnológico oferecida pelo universo dos carros eléctricos.

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Três dias depois de a Mercedes ter anunciado a mudança do campeonato alemão de Turismos (DTM) para a Fórmula E, já a partir de 2019, a Porsche surpreendeu fãs e rivais com o anúncio da saída de cena do Mundial de Resistência e da mítica prova das “24 horas de Le Mans” no final da temporada do Campeonato do Mundo de Endurance (WEC), deixando a Toyota sem concorrência na categoria rainha LMP1.

A marca alemã emitiu esta sexta-feira um comunicado em que revela a aposta num plano estratégico que permita desenvolver “veículos desportivos plenamente eléctricos" até 2025. Posição que já provocou reacções como a do Automobile Club de l'Ouest, promotor do WEC, para lamentar uma decisão que classifica de "precipitada" e "abrupta", especialmente depois de o construtor alemão “ter confirmado a participação no Campeonato do Mundo, como fabricante, até ao final da temporada de 2018, e participado activamente na elaboração dos regulamentos técnicos que entrarão em vigor em 2020".

Indiferente às ondas de choque provocadas, potenciadas pelo sucesso dos últimos anos, marcados pelas três vitórias consecutivas nas “24 Horas de Le Mans”, bem como pelos títulos individuais e colectivos alcançados em 2015 e 2016, a Porsche está decidida a transferir-se de armas e bagagens para a Fórmula E, atraída pela “liberdade de desenvolvimento tecnológico” e pelo “contexto competitivo” ideal para apostar em áreas como “a eficiência, a sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente", conforme justifica Michael Steiner, membro da Comissão Executiva do Desenvolvimento da Porsche.

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