Vaticano fechou as fontes devido à seca prolongada em Itália

É a primeira vez que a decisão é tomada. Roma também já encerrou algumas.

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A emblemática fonte Maderno, na Praça de São Pedro Max Rossi/Reuters

O Vaticano começou a fechar as suas fontes mais famosas devido à seca prolongada que afecta partes de Itália. Segundo a Rádio Vaticano, a decisão é coerente com os ensinamentos do Papa Francisco em prol da defesa do meio ambiente.

Foi em 2015 que o Papa expressou os seus receios ambientais, através de uma encíclica em que denunciava o desperdício de água e alertava para a importância da água potável.

Uma seca prolongada atinge a Itália (o Vaticano é um Estado situado dentro da cidade de Roma), afectando dois terços das terras cultivadas e já custou à agricultura italiana dois mil milhões de euros.

O Vaticano tem cem fontes, incluindo duas obras-primas do Barroco, e todas vão ser fechadas, incluindo as que estão nos seus jardins.

O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, disse à Reuters que é a primeira vez que isto acontece. E sublinhou que é a forma de o Vaticano mostrar solidariedade com Roma durante esta crise da água. "A decisão está em linha com o pensamento ecológico do Papa: não se pode desperdiçar água e temos que fazer sacrifícios", disse Burke.

A Primavera deste ano foi a terceira mais seca em 60 anos em Itália, diz a BBC. Em Roma, pelo segundo ano consecutivo, a chuva esteve abaixo dos níveis médios e as autoridades da cidade adoptaram medidas drásticas de racionamento de água. Algumas das fontes emblemáticas de Roma já foram fechadas.

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