Mural da Seca do Bacalhau renasce após ser vandalizado

O Mural da Seca do Bacalhau de Vila do Conde, que foi vandalizado logo após a sua conclusão, surge agora com uma nova pintura de Isabel Lhano.

Foto
A parte lateral do mural surge agora com a pintura das mãos de uma mulher a segurar um coração. DR

A recuperação do mural de arte urbana que regista a tradição vila-condense da seca do bacalhau foi terminada nesta terça-feira, pelas mãos de Isabel Lhano e Luís Costa. O acto de vandalismo na parte lateral do edifício onde foi feito o mural, pouco tempo depois da pintura estar terminada, obrigou ao seu restauro por parte da artista de Vila do Conde.

Agora, nessa parede lateral surgem as mãos de uma mulher a segurar um coração quando, inicialmente, era um rosto que ali aparecia retratado. De acordo com o comunicado de imprensa da Câmara Municipal de Vila do Conde, a mudança foi iniciativa de Isabel Lhano, para quem “aquelas mulheres tinham o coração no mar, pois os seus homens eram na maioria pescadores”.

O mural onde surgem longas fileiras de bacalhau e mulheres que trabalhavam na seca do bacalhau tem presente esta ideia através da frase “Este foi o mar das mulheres. Aqui se glorificam e aqui naufragaram” do escritor Valter Hugo Mãe, que viveu em Vila do Conde.

O edifício que serviu de tela para a artista Isabel Lhano está localizado na antiga zona da seca do bacalhau em Vila do Conde e a parte lateral incluia o retrato de uma das mulheres que trabalhava nesta área antes de ser vandalizado.

O mural foi terminado em Agosto do ano passado e foi iniciativa da Câmara Municipal de Vila do Conde que pretendia assim dar destaque às mulheres que trabalharam durante a sua vida nesta área. O projecto artístico de Isabel Lhano foi executado pelo Núcleo de Arte Urbana de Vila do Conde, por Marco Castiço e Luís Costa.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar