Há novidades no Plano Nacional de Leitura: 400 novos títulos

Há autores que estão pela primeira vez representados no PNL: são os casos de Joana Estrela, com o livro ilustrado Mana, e os autores Filipe Melo e Juan Cavia, com a banda desenhada Os vampiros.

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Daniel Rocha

As listas de livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), para serem lidos dentro e fora da sala de aula, contam este ano com 400 novos títulos, disse à agência Lusa a subcomissária do PNL, Elsa Conde.

Estes livros juntam-se a centenas de obras que todos os anos são recomendadas pelo PNL para diferentes idades e níveis de ensino, do pré-escolar ao ensino secundário, repartidas por sugestões de leitura autónoma, orientada, em voz alta ou em contexto de sala de aula. São feitas ainda algumas sugestões para adultos.

Entre os 400 novos títulos disponíveis constam obras de autores que estão pela primeira vez representados no PNL: são os casos de Joana Estrela, com o livro ilustrado Mana, Inês Fonseca Santos, com Saramago — Homem rio, ilustrado por João Maia Pinto, e os autores Filipe Melo e Juan Cavia, com a banda desenhada Os vampiros.

Sonho com asas, de Teresa Marques e que valeu a Fátima Afonso o Prémio Nacional de Ilustração 2016, A teia de Carlota, um clássico da literatura de E. B. White, e Céu de sardas, um livro-jogo de Alicia Baladan e Inês D’Almey, também figuram nas listas.

O romance O nosso reino, de Valter Hugo Mãe, que em Janeiro foi retirado das recomendações do 3.º ciclo do ensino básico e recolocado nas sugestões de leitura do ensino secundário, por causa de um protesto de um grupo de pais de alunos, regressa agora às listas de leitura autónoma do 3.º ciclo.

Nas listas consultadas pela agência Lusa, há vários autores que se mantém inamovíveis do PNL e com várias obras recomendadas para os diferentes níveis de aprendizagem, como Sophia de Mello Breyner Andresen, Alice Vieira, Camilo Castelo Branco, Álvaro Magalhães, Luísa Ducla Soares e António Mota.

Manuel Alegre, Prémio Camões 2017, volta a figurar entre as escolhas do PNL, com obras como Alma, Barbi-ruivo — o meu primeiro Camões e Praça da Canção.

As listas de recomendações de livros são apenas uma das vertentes do trabalho do PNL em torno da promoção do acto de ler. O PNL foi criado em 2006 pelo Governo para melhorar os níveis de literacia e leitura dos portugueses.

Na primeira década de actividade, envolveu a realização de estudos, trabalho de promoção do livro e da leitura em todos os agrupamentos de escolas, envolvendo municípios, a Rede de Bibliotecas Escolares, professores, bibliotecários, pais e alunos.

Este ano, o PNL foi renovado por mais uma década, com direcção de Teresa Calçada e Elsa Conde e com o objectivo de apostar também na “literacia científica e digital” para crianças e adultos, envolvendo bibliotecas escolares, instituições de ensino superior e Centros Ciência Viva.

Na primeira década, o Plano Nacional de Leitura foi coordenado, primeiro, por Isabel Alçada e, depois, por Fernando Pinto do Amaral.

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