Perto de três mil suicídios por ano na ferrovia europeia

Suicídios custam em média 270 milhões de euros por ano às companhias ferroviárias.

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Portugal surge como um dos países de maior risco Daniel Rocha (arquivo)

Cerca de três mil pessoas suicidam-se numa linha de comboio todos os anos no somatório dos 28 países da União Europeia, segundo o último relatório sobre segurança ferroviária da European Union Agency for Railways (EUAR). Publicado em Setembro do ano passado, o relatório aponta o “pesado impacto negativo” destas mortes e sustenta que os suicídios na ferrovia representam em média 8% de todos os suicídios na Europa, tendo, entre 2012 e 2014, sido responsáveis por 72% das mortes ocorridas na ferrovia.

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Em 2014, foram reportados 2895 suicídios no conjunto dos países da União Europeia, contra os 2819 de 2013 e os 2982 do ano anterior. Dá uma média de oito suicídios por dia nas linhas de comboio europeias. Um outro estudo da mesma agência, divulgado em 2015, calculou em 7,1 mil milhões os custos anuais, directos e indirectos, dos suicídios na ferrovia, no espaço da União Europeia e também na Noruega e na Suíça. Considerando apenas os custos directos para as companhias ferroviárias, a factura fixa-se nos 270 milhões por ano.

Consideradas as mortes por quilómetro de via, bem como a população residente em cada um dos países, Portugal surge como um dos países de maior risco, juntamente com a República Checa, a Hungria e a Holanda. De uma forma geral, o relatório da EUAR explica o aumento das mortes por suicídio em determinados anos com o agudizar da crise e, consequentemente, do desemprego.

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