Prémio: novos produtos em saúde valem 35 mil euros

Instituto do Porto vai distinguir projectos na área da saúde, desde dispositivos a meios de diagnósticos. São 35 mil euros e as candidaturas terminam a 7 de Setembro

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O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) abriu um concurso para um prémio internacional que visa distinguir projectos na área da saúde, criar novos produtos e facilitar o desenvolvimento de empresas. O i3S-Hovione Capital Innovation Prize surgiu de uma parceria entre o instituto e a Hovione Capital, uma sociedade privada independente dedicada à gestão de activos e especializada no investimento e na gestão de projectos em fase inicial na área das ciências da saúde, informa um comunicado do i3S.

"Parecia-nos que faltava um prémio dedicado directamente à inovação na área da saúde, em particular na parte de biomédica, de dispositivos e meios de diagnósticos, que pretende fazer diferença também por ser internacional", disse à Lusa João Cortez, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento. O grande objectivo, segundo indicou, é criar um prémio de inovação na região Norte, que coloque o i3S "no mapa" e que distinga empresas em fase inicial, com pouco valor investido.

Esta parceria conta ainda com o apoio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT-Health), uma rede de instituições ligadas às tecnologias na saúde, para a projecção além-fronteiras do concurso. Além desta, associaram-se à iniciativa várias entidades, possibilitando que se ofereça às empresas um leque alargado de serviços, como a consultoria jurídica, propriedade intelectual e apoio em assuntos regulamentares, de forma a completar o ciclo daquilo que as tecnologias desta área precisam, num prémio único, explicou João Cortez.

O prazo de candidatura para o concurso termina a 7 de Setembro, havendo, no dia 28 do mesmo mês, um evento que pretende promover o encontro entre os investidores e as empresas seleccionadas, à porta fechada. O prémio de 35 mil euros é divulgado e atribuído ao projecto vencedor. Haverá ainda, ao longo do evento, espaço para uma sessão adicional entre as empresas e investidores internacionais com interesse em dispositivos médicos, de diagnóstico e de monitorização de saúde.

João Cortez adiantou que existe uma segunda distinção, na qual cada um dos parceiros associados à iniciativa pode escolher uma empresa e atribuir o prémio à mesma. O membro do i3S disse também que se vai propor a todos os inscritos que contribuam com um mínimo valor monetário, para ser depois entregue à equipa vencedora, constituindo-se assim um terceiro prémio.

Para Margarida Rossi, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento, a criação de novos produtos médicos é uma forma de retorno do investimento feito em investigação. "O desenvolvimento de novas empresas leva ao emprego especializado, que absorve os recursos humanos qualificados que o instituto tem vindo a formar", indicou. Hugo Prazeres, também especialista em transferência de conhecimento no i3S, afirmou que todos saem a ganhar desta parceria. "O instituto, por criar uma atmosfera de excelência para a inovação, a Hovione Capital, ao ter acesso e participar desde cedo no surgimento de novas ideias e, acima de tudo, os empreendedores, por terem uma oportunidade de dar corpo às suas ideias inovadoras", acrescentou.

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