O.J. Simpson vai sair em liberdade condicional após nove anos na prisão

A antiga estrela de futebol americano cumpria, no Nevada, uma sentença de 33 anos de prisão por assalto à mão armada e rapto. “Cumpri o meu tempo”, disse.

O.J. Simpson ficou mundialmente quando foi julgado (e absolvido) por duplo homicídio
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O.J. Simpson ficou mundialmente quando foi julgado (e absolvido) por duplo homicídio Reuters/POOL
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O.J. Simpson vai sair em liberdade condicional após nove anos na prisão LUSA/Jason Bean / Reno Gazette-Journa
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No julgamento em 2008, Simpson foi acusado e condenado por assalto à mão armada e rapto LUSA/Jason Bean / Reno Gazette-Journa
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O testemunho foi feito à distância – por videoconferência Reuters/POOL
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O.J. Simpson vai deixar em Outubro o estabelecimento prisional no Nevada LUSA/Jason Bean / Reno Gazette-Journa

O.J. Simpson vai deixar em Outubro o estabelecimento prisional no Nevada, EUA, onde cumpria uma pena de 33 anos de prisão por um assalto à mão armada e rapto num hotel de Las Vegas. A antiga estrela de futebol americano foi condenado em 2008 – cumpriu nove anos.

 “Cumpri o meu tempo, cumpriu-o tão bem e tão respeitosamente quanto possível”, disse O.J. Simpson, segundo a Reuters, perante os quatro membros do painel que avaliou a sua liberdade condicional. “Nada disto teria acontecido se eu tivesse melhor discernimento.”

O testemunho foi feito à distância – por videoconferência. O júri estava em Carson City, a mais de 160 quilómetros do Lovelock Correctional Center, onde Simpson está preso. O ex-atleta, de 70 anos, disse estar pronto para a vida em liberdade. Os membros do painel concordaram.

Entre as razões invocadas para libertar O.J. Simpson, com menos de um terço da pena cumprida, o júri sublinhou que o recluso cumpriu as regras da prisão durante o cárcere, que constitui um risco mínimo para a comunidade e que não tem condenações anteriores a esta.

“Quem me dera nunca ter ido àquele quarto. Tudo o que posso fazer desde que estou aqui [na prisão] é ser o mais educado e correcto possível”, tinha dito O. J. Simpson, em 2013, ao confessar que se arrependia do que tinha feito em Las Vegas.

Agora, e além de Simpson, comissão ouviu o testemunho da sua filh, Arnelle, e de Bruce Fromong, um dos vendedores de objectos desportivos de colecção que foram roubados por O.J. em Setembro de 2007.

“Obrigado”, disse o antigo desportista perante os membros do painel que avaliou a sua liberdade condicional, esta quinta-feira. Aplausos surgiram da audiência. O. J. Simpson é um nome conhecido, mesmo para gerações mais novas. Antes de ser condenado a 33 anos de prisão, em 2008, já era mundialmente conhecido por problemas com a justiça norte-americana.

O.J. Simpson construiu uma carreira de sucesso como jogador de futebol americano nos anos 1970. No entanto, só se tornou numa figura com mediatismo global na década de 1990, quando foi julgado por duplo homicídio – as vítimas foram a ex-mulher, Nicole Brown, e Ronald Goldman. Foi absolvido, num caso polémico que ganhou contornos raciais nos EUA.

Acabaria por ser absolvido e o julgamento, transmitido nos principais canais de televisão dos EUA, deu lugar, em 2016, a uma série de televisão intitulada The People v. O.J. Simpson: American Crime Story que ganhou vários Globos de Ouro e Emmys.

No julgamento em 2008, Simpson foi acusado e condenado por assalto à mão armada e rapto. “Não queria magoar ninguém, nem roubar nada”, disse ao aparecer em tribunal, citado pela Reuters.

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