MAI não comenta “desempenho” do SIRESP mas diz que já tomou medidas

Tutela aguarda a auditoria pedida à Inspecção-Geral da Administração Interna e ao Instituto de Telecomunicações. Governo garante que está a ser reforçada a cobertura do sistema de comunicações de emergência.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O Sistema de Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) voltou a falhar no domingo durante o combate ao incêndio em Alijó. Apesar de as “falhas pontuais”, como admitiu a Protecção Civil, se terem repetido na rede um mês após o incêndio de Pedrógão Grande, o Ministério da Administração Interna (MAI) não vai, para já, comentar o “desempenho” do SIRESP.

O ministério que tem, através da Secretaria-Geral da Administração Interna, a tutela política do SIRESP, sublinha ao PÚBLICO que, “relativamente ao teatro de operações de Alijó, a Autoridade Nacional de Protecção Civil já tornou publica uma nota onde recusa que o SIRESP tenha falhado”. “Registaram-se apenas algumas intermitências colmatadas desde logo, e como acontece sempre, através da utilização dos vários sistemas redundantes disponíveis”, diz a tutela.   

De resto, o “MAI não se pronunciará sobre o desempenho da Rede SIRESP antes de ter em mãos as conclusões dos relatórios solicitados”, entre eles, "a auditoria à Secretaria-Geral da Administração Interna solicitada pela ministra à Inspecção-Geral da Administração Interna” – e que “tem um prazo de 30 dias” – e “o estudo de avaliação, solicitado ao Instituto de Telecomunicações à Rede SIRESP”.

"Várias medidas"

Questionado sobre que eventuais medidas estão em curso para evitar novas falhas, o ministério respondeu que “são várias as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo Governo com o objectivo de reforço e alargamento da rede”. Entre estas medidas estão o “reforço de cobertura na estação de Fátima”, a “aquisição e instalação das antenas VSAT (satélite) nas duas estações móveis da Autoridade Nacional de Protecção Civil, adquiridas em 2015” e o “reforço de cobertura da rede SIRESP através da colocação de três novas estações: Entroncamento, Vila Nova Poiares e Torre de Dona Chama”.

Além disso, o ministério diz estar em curso o “processo de controlo dos terminais que operam na rede SIRESP”, referindo-se ao “cadastro de terminais e controlo de terminais inoperacionais”. Também foi reforçada a “cobertura da rede SIRESP” no interior do Aeroporto de Lisboa assim como a foram instaladas novas “estações” na rede de metro do Porto. 

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