Próximo provedor de Justiça? “São os partidos que têm de resolver este problema”

Faria Costa diz que o provedor “não tem estados de alma” sobre o processo da sua sucessão.

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Faria Costa com Ferro Rodrigues mas em Maio passado, na entrega de um relatório anual de actividades da Provedoria Miguel Manso

O actual provedor de Justiça em fim de mandato, José Faria Costa, garantiu, no fim da reunião que teve na manhã desta terça-feira com o presidente da Assembleia da República, que o problema de ainda não haver um nome para lhe suceder no cargo não foi abordado no encontro.

“Não foi de modo algum [abordado na reunião]. Foi uma reunião absolutamente institucional do provedor com o senhor presidente da Assembleia da República relativamente às relações institucionais”, disse, acrescentando que se tratou de dar conhecimento ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, “daquilo que se fez e foi feito” na Provedoria de Justiça e que consta de um relatório.

Questionado sobre o que pensa deste impasse, com PS e PSD incapazes de chegar a acordo para eleger o novo provedor, Faria Costa respondeu apenas que “as instituições estão sempre para além das pessoas que estão no momento nessas instituições. São os partidos que têm de resolver este problema. Isto é absolutamente normal e mais uma coisa clara: o provedor não tem estados de alma.”

Os partidos ainda não se entenderam sobre o sucessor de Faria Costa – desta vez, caberá ao PSD escolher o nome, mas a proposta precisará sempre de ter o acordo do PS. Como ainda não houve avanços nem consensos sobre quem irá ocupar o lugar de Faria Costa (indicado pelo PS em 2013), esta é mais uma das votações que serão adiadas para Setembro, depois de já ter estado várias vezes marcada, incluindo para esta quarta-feira.

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