Enfermeira violentamente agredida à saída do Hospital Garcia de Orta

Episódio foi relatado pelo sindicato dos Enfermeiros que aponta responsabilidades ao Conselho de Administração do hospital pela falta de segurança. Atacante teria a intenção de violar a vítima.

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Hospital Garcia de Orta, em Almada Fábio Teixeira

Na noite da passada terça-feira uma enfermeira do Hospital Garcia de Orta, em Almada, foi violentamente agredida enquanto se dirigia para o carro no parque de estacionamento da unidade, depois de ter terminado o serviço. A informação foi revelada em comunicado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que acrescenta que o atacante tinha como intenção violar a mulher.

Segundo o mesmo sindicato apenas a “resistência da própria e a intervenção de uma pessoa” impediu a violação, sendo que a enfermeira se depara “agora com as consequências físicas e psicológicas deste violento episódio”, lê-se no comunicado, sem referir, no entanto, a gravidade dos ferimentos. O incidente ocorreu cerca das 23h da última terça-feira.

O sindicato dos enfermeiros diz ainda que esta situação “seria evitável, caso existissem medidas de segurança adequadas no perímetro do hospital”, pelo que aponta responsabilidades ao “Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta”, uma vez que “são legalmente responsáveis por garantir a segurança dos seus trabalhadores”.

Para além de estarem sujeitos a este tipo de episódios no local de trabalho “por falta de vigilância”, a unidade sindical critica o facto ser cobrado aos trabalhadores do hospital “um valor mensal pelo estacionamento”.

Contactada pela Lusa, a administração do hospital afirmou que "tem vindo a acompanhar cuidadosamente este incidente". "A profissional em causa já está a receber o apoio considerado necessário nestes casos", afirmou.

Em comunicado, o hospital garante que utiliza "medidas de segurança como videovigilância, rondas sistemáticas por câmara existente na central de segurança e rondas efectuadas por pessoal da empresa de segurança que presta serviço a este hospital".

"No caso concreto, foi graças a estes meios que o agressor foi identificado, localizado pelas autoridades policiais e presente a tribunal, no prazo de 48 horas", refere a administração do hospital.

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