Facebook volta a baixar o preço dos seus óculos de realidade virtual

Objectivo é atrair compradores do mundo dos videojogos, onde a tecnologia está longe da massificação.

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A promoção dura seis semanas © Stefanie Loos / Reuters

O Facebook voltou a baixar o preço dos seus óculos de realidade virtual, os Oculus Rift.  O objectivo é atrair compradores do mundo dos videojogos que continuam a não optar, em massa, por produtos criados pela indústria dos jogos imersivos, a 360 graus. A nova promoção junta os óculos, sete jogos de realidade virtual, e o Touch (o controlador que transporta as mãos dos utilizadores para o ambiente do jogo) a um preço mais baixo que os óculos sozinhos. No total, são 449 euros.

O novo preço – que dura apenas seis semanas –  aproxima-se do valor pedido pelo conjunto de realidade virtual da PlayStation, produzido pela Sony. “O Verão de Rift é uma campanha para celebrar a comunidade de realidade vitual e motivar novas pessoas a entrar no jogo”, lê-se no comunicado da empresa.

Em 2014, o Facebook pagou três mil milhões de dólares (cerca de 2,6 milhões de euros) para comprar a Oculus. Na altura, Mark Zuckerberg via a realidade virtual como o futuro “do quotidiano de milhares de milhões de individuos”. Tal ainda não aconteceu. Além do desconto de Verão, a Oculus já tinha baixado o preço dos seus óculos cerca de 200 dólares em Março.

A analista IDC notou que a redução no preço podia tornar os Oculus numa alternativa apelativa aos clientes de realidade virtual. Porém, o número de unidades que o Facebook envia para retalho – cerca de 99,3 mil no primeiro trimestre de 2017 – continuam bem abaixo dos valores da Samsung. A empresa sul-coreana lidera o mercado, ao enviar 489,5 mil unidades para retalho no inicio de 2017 (o equivalente a 21,5% da quota de mercado). A HTC e a Sony também têm vendido mais produtos de realidade virtual que o Facebook.

Com as dificuldades da Oculus no mercado dos videojogos, a empresa tem investido no mercado da saúde e da educação. Esta semana, anunciou uma parceria com o hospital pediátrico de Los Angeles para criar uma simulação de realidade virtual que transporta estudantes de medicina até situações de elevado stress, onde decisões feitas em segundos determinam se um paciente vive ou morre.

“Este tipo de simulação médica de última geração é onde a realidade virtual brilha”, disse Devi Kolli, o director executivo da AiSolve (uma das empresas a participar no projecto). "As funcionalidades de inteligência artificial permitem aos estudantes personalizar a sua aprendizagem o que enriquece as suas capacidades a longo prazo.”

A nova campanha da Oculus pretende mostrar que a tecnologia também se destina ao jogador casual. Afinal,  segundo a IDC nos primeiros três meses do ano foram vendidos 2,3 milhões de óculos de realidade virtual e aumentada. Trata-se de uma subida de 77,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

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