Paulo Portas: "Segurança é determinante para competitividade de Portugal"

O antigo vice-primeiro-ministro apela ao contributo de todos para que a falta de segurança não se torne uma imagem de marca para o país ou para a capital.

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Paulo Portas esteve no ciclo de conferências "Ouvir Lisboa", da candidatura de Assunção Cristas Daniel Rocha

O ex-presidente do CDS-PP Paulo Portas alertou nesta terça-feira que a segurança é um valor "absolutamente determinante para a competitividade de Portugal", condicionando decisões sobre turismo e investimento, que deve ser seguida com a "mais rigorosa atenção".

"Viaja-se para países seguros, investe-se em países seguros. A segurança é um valor absolutamente determinante para a competitividade de Portugal", defendeu Paulo Portas, enquanto orador da última das conferências Ouvir Lisboa, da candidatura da líder do CDS, Assunção Cristas, à presidência da Câmara da capital.

Na sua intervenção, Paulo Portas manifestou-se igualmente contra "uma dicotomia entre Lisboa de quem cá nasce e Lisboa para quem cá vem", argumentando que "o turismo é uma extraordinária fonte de receita e quem precisa dele não dá um pontapé na criação de riqueza e nos impostos que cá deixam e nas receitas que cá deixam".

O ex-vice-primeiro-ministro aludiu também à "ajuda a que Lisboa tivesse mais futuro" e "mais receitas", com as quais "se fazem obras", dada pelo anterior Governo de coligação PSD/CDS-PP, com medidas como a reforma da lei das rendas ou as autorizações de residência por investimento.

"Lisboa saiu da recessão, o imobiliário voltou a ter actividade, e esta cidade está desse ponto de vista num ponto muito interessante do ponto de vista económico", sustentou.

Sobre a questão da segurança, e sem aludir ao recente incêndio em Pedrógão Grande, no qual morreram 64 pessoas, nem ao furto de armamento em Tancos, o antigo líder centrista sublinhou que "há dez anos a segurança era um factor residual" na decisão de viajar para um país ou de investir nesse país. Pelo contrário, hoje é "um valor absolutamente determinante na decisão de uma família fazer uma viagem ou de uma empresa instalar um investimento", enfatizou.

"É muito bom ser uma cidade com uma história cosmopolita e estar na periferia de questões muito sérias como o terrorismo", afirmou, referindo que não se pensa em Lisboa como um destino para o qual se deixa de viajar ou investir por questões de segurança e "era bom" que todos dessem "um contributo" para que essa situação se mantenha.

A última das conferências Ouvir Lisboa, nas quais Assunção Cristas recolhe contributos para a elaboração do seu programa eleitoral, teve por tema Lisboa no Mundo, e, além de Paulo Portas, a intervenção da independente Laurinda Alves.

Com a presença do antigo presidente do CDS Adriano Moreira, a conferência teve moderação de Carmona Rodrigues, o antigo presidente da Câmara de Lisboa eleito pelo PSD que é o mandatário da candidatura e coordenador destas conferências.

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