Supremo espanhol pede agravamento de pena de prisão de Urdangarin

Em 2016, Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina, tinha sido condenado a seis anos e três meses de prisão, por fraude e desvio de fundos públicos.

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O cunhado do rei de Espanha e marido da infanta Cristina, Iñaki Urdangarin Reuters/POOL

O Ministério Público espanhol pediu um aumento da pena de prisão a que o cunhado do rei de Espanha, Iñaki Urdangarin, foi condenado em primeira instância, em 2016, pelos crimes de prevaricação, desvio de fundos, fraude, tráfico de influências e crimes fiscais, naquela que foi a primeira vez que um familiar do monarca foi considerado culpado em tribunal. O El País escreve que o Supremo Tribunal espanhol pede agora que a pena de prisão suba para dez anos, em vez dos seis anos e três meses a que fora inicialmente condenado.

A irmã mais nova do rei de Espanha Felipe VI, Cristina de Borbón, foi absolvida em Março deste ano no caso conhecido como Nóos (o nome da fundação sem fins lucrativos que Urdangarin usou para desviar fundos), em que Urdangarin e um sócio eram acusados de terem desviado milhões de euros dos cofres públicos a coberto da organização de eventos desportivos entre 2004 e 2007.

O casal vive na Suíça — ainda que haja a possibilidade de a infanta vir para Lisboa, para estar mais perto do marido — desde que a polémica estalou, razão pela qual foi também excluído de todas as aparições públicas da família real. O marido da infanta Cristina aguarda em liberdade a decisão do Supremo em relação à sentença da primeira instância. 

Urdangarín, de 49 anos, é ex-atleta olímpico de andebol e fundou em 2003 o Instituto Nóos, uma fundação desportiva, supostamente sem fins lucrativos, que celebrou afinal contratos com municípios, cobrou serviços que não realizou e passou facturas falsas, com o agora condenado a usar o seu estatuto na família real para fechar negócios. Parte do dinheiro desviado foi transferido para uma sociedade detida por Urdangarín e Cristina, a Aizoon, e serviu para pagar gastos do casal – é por esse motivo que a infanta tem de pagar uma multa de 265 mil euros, a título de responsabilidade civil por benefícios indevidos.

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