Queremos os nomes

Quem são os aldrabões? Quem são os bandidos que se aproveitam da honestidade e do trabalho heróico da comunidade da agricultura biológica?

Comprámos dois exemplares da última Visão para podermos ler ao mesmo tempo a reportagem de Luís Ribeiro sobre a escandalosa contaminação de cento e tal produtos da agricultura biológica.

Trata-se de um cuidadoso trabalho de enorme importância para a saúde pública, notável pela coragem, pela oportunidade e pelo pioneirismo.

Só falta uma coisa: os nomes e as marcas dos produtos que continham pesticidas proibidos. Só assim se podem confrontar os produtores que escolheram enganar-nos e, em bastantes casos, envenenar-nos também.

Nós, os leitores e consumidores, precisamos de saber os nomes e as marcas dos produtos apanhados em falta para poder evitá-los e até boicotá-los. Senão o que fazemos? Somos obrigados a fugir a todos os produtos bio que não são vendidos a granel ou em pequenas feiras? Não será essa a mais cruel maneira de pagar o justo pelo pecador?

O anonimato protege indecentemente os culpados. A gravidade da aldrabice está fora de questão. Agora é preciso denunciar e castigar os aldrabões, impedindo-os de continuar a ganhar dinheiro à custa da nossa boa vontade e da nossa saúde. 

Quem são os aldrabões? Quem são os bandidos que se aproveitam da honestidade e do trabalho heróico da comunidade da agricultura biológica? Quais são as marcas que estes gatunos usam para envenenar-nos e encher os bolsos com a nossa ingenuidade?

A quem interessa o anonimato? Quem é que sai a ganhar com esta inaceitável indefinição? Não é o mundo bio. Não são os inocentes. Não são os consumidores.

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