Presidente da FIFA não vê obstáculos ao videoárbitro no Mundial 2018

Infantino considera que a experiência na Taça das Confederações deu resultados positivos embora admita que o uso possa ser melhorado.

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O recurso ao videoárbitro no México-Rússia, do grupo de Portugal Reuters/JOHN SIBLEY

O presidente do organismo que rege o futebol mundial, a FIFA, dá luz verde à utilização do videoárbitro no próximo Campeonato do Mundo, agendado para 2018, na Rússia. O italiano Gianni Infantino considera que o recurso auxiliar, na Taça das Confederações, a imagens vídeo para apoiar a equipa de arbitragem durante o jogo deu resultados positivos. Porém, admite que o sistema necessita de ser melhorado.

"No que me toca, não vejo obstáculos à utilização do VAR [no Mundial]", declarou Infantino, aludindo ao videoárbitro na sigla inglesa (VAR, de video assistant referees), durante uma conferência de imprensa em São Petersburgo, na véspera da final da Taça das Conferedações, entre Alemanha e Chile, que se disputa na Rússia. 

"Até agora tem sido um sucesso. Estamos a aprender e a melhorar e vamos prosseguir com mais experiências", sublinhou. A mesma opinião tem o presidente do comité de arbitragem da FIFA, o também italiano Pierluigi Collina: "É uma ferramenta muito útil", disse Collina, "mas sabemos que podemos fazer melhor. É normal que assim seja."

Nas contas da FIFA, o recurso ao videoárbitro permitiu corrigir seis decisões com influência no resultado, durante a prova em que Portugal foi eliminado nas meias-finais pela referida selecção sul-americana.

"Sem o vídeoárbitro, teríamos tido outro torneio", insistiu o líder da FIFA. "E uma competição que teria sido menos justa."

Ainda assim, ao fim de 74 jogos com videoárbitro experimental, há aspectos a melhorar. "Temos de afinar detalhes, como na comunicação e na rapidez com que se tomam decisões", exemplificou Infantino, respondendo assim a uma das críticas feitas ao longo da prova, a lentidão. 

Um dos momentos controversos do videoárbitro foi no jogo da fase de grupos entre o campeão do mundo, Alemanha, e o campeão africano, Camarões. O árbitro Wilmar Roldan necessitou de rever as imagens duas vezes para acertar na expulsão de um dos jogadores africanos. A selecção europeia ganhou por 3-1 e é uma das finalistas.

Outra questão levantada refere-se ao tipo de situações em que deve haver recurso ao videoárbitro, dado que houve jogadas e momentos que deixaram dúvidas e que tiveram decisão em campo por parte da equipa de arbitragem designada para a partida.

Noutro encontro envolvendo os Camarões, o Chile viu ser-lhe anulado um golo que parecia regular, depois da consulta ao videoárbitro. Na mesma partida, os chilenos veriam depois o árbitro validar-lhes um golo no final do encontro, depois de verificar nas imagens vídeo que o árbitro auxiliar se enganara ao assinalar um fora-de-jogo no lance.

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