O reencontro de Évora e Pichardo na vitória de Taylor

Concurso do triplo salto, em mais um meeting da Liga de Diamante, juntou dois atletas que agora defendem Sporting e Benfica.

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O sétimo meeting da Liga de Diamante do atletismo, disputado neste sábado ao fim da tarde em Paris, no velho (e agora renovado) Estádio Charléty, proporcionou um curioso duelo entre dois dos melhores triplistas de sempre, que já se conheciam do passado e agora evoluem em clubes portugueses diferentes.

Nelson Évora, o campeão olímpico de 2008, trocou o Benfica pelo Sporting para a presente temporada e encontrou o cubano Pedro Pablo Pichardo, vice-campeão mundial em Pequim e que este ano “aterrou” de surpresa no Estádio da Luz, passando a representar o Benfica. Pichardo, de resto, tinha vencido o recente meeting do seu novo clube com 17,04m, e assim detinha uma marca para 2017 superior à do português (16,78m).

Os favoritos do concurso eram outros, porém, e esses dois norte-americanos cumpriram esse papel. Christian Taylor, autor da segunda melhor marca de sempre com 18,21m, não esteve nos recentes trials com vista aos Mundiais de Agosto — tem carta branca devido ao estatuto de detentor do título global —, mas apareceu em forma suficiente para ganhar o concurso, com os 17,29m do segundo ensaio a resistirem até ao fim. Will Claye, por seu lado, depois de ganhar os trials com 17,91m, terá sentido também o jet lag na viagem para a Europa e só na parte final da prova reforçou o segundo lugar no último ensaio, com 17,18m.

Em terceiro ficou o alemão Max Hess, campeão europeu do ano passado, com 17,07m, e no duelo Pichardo-Évora acabaria por ser o cubano, que competiu oficialmente pelo seu país, a sair por cima. Logo no segundo salto chegou ao seu melhor do ano, com 17,05m, mas já não conseguiria melhor e acabaria quarto. Nelson Évora abriu com 16,52m e somou quatro nulos de enfiada, mas um salto final a 16,91m salvou o seu concurso e transmutou-o de medíocre em prometedor, dando-lhe a sexta posição do dia.

À semelhança do que tem acontecido durante toda a temporada, a corrida feminina dos 3000m obstáculos foi vibrante, com nova tentativa para atacar o recorde do mundo. A queda da recordista mundial Ruth Jebet na penúltima vala de água acabou por deixar o caminho livre às prodigiosas jovens quenianas e foi Beatrice Chepkoech (9m01,69s) quem se impôs a Hyvin Kiyeng (9m06,0ss9) e à júnior Celliphine Chespol (9m07,54s)

A final dos 110m barreiras parecia uma final mundial e acabou por dar um triunfo surpreendente ao jamaicano Ronald Levy, com 13,05s, adiante do britânico Andrew Pozzi (13,14s), ambos recordes pessoais, surgindo depois o francês Garfield Darien (13,15s). O jamaicano Omar McLeod, líder mundial com 12,90s, lesionou-se ligeiramente e foi último.

No dardo, depois de ter feito há dois dias mais de 91m em duas ocasiões, em Ostrava, o alemão Thomas Röhler ficou -se pelos 87,23m e viu-se colocado atrás do compatriota Johannes Vetter (88,74m) e do checo Jakub Vadlejch, que cometeu a proeza de igualar o seu máximo pessoal, com um lançamento a 88,02m.

O meeting terminou com a confirmação da grande classe do turco (ex-Azerbaijão) Ramil Guliyev nos 200m, ao dominar de forma total os americanos e caribenhos, com 20,15s.     

 

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