The Legendary Tigerman revela o seu novo Misfit (mas não dura sempre)

Até ao concerto no Super Bock Super Rock, excertos das músicas e histórias das canções estão no Spotify. Álbum que só será editado em Janeiro vai ser tocado na íntegra no festival.

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Legendary Tigerman em concerto em 2014 enric vives-rubio

Excertos de Misfit, o novo trabalho de Paulo Furtado, ou The Legendary Tigerman, foram divulgados na madrugada desta sexta-feira no Spotify do músico. Além das novas faixas, que estarão na web apenas por tempo limitado, há ainda a história de cada tema contada pela própria voz do homem tigre. Dia 13, o álbum toca na íntegra, mas ao vivo e em Lisboa.

Até ao concerto do The Legendary Tigerman no festival Super Bock Super Rock, no dia 13 de Julho, os excertos das faixas bem como as suas histórias estarão então disponíveis no seu Spotify – será no festival da zona oriental de Lisboa que o trabalho será apresentado em estreia e em palco. O álbum vai ser tocado na totalidade e depois só estará disponível para venda em Janeiro de 2018.

Misfit em português quer dizer inadaptado”, explica Paulo Furtado, “uma palavra que me assenta como uma luva” – é assim que entramos no mundo do álbum gravado no “sítio absolutamente maravilhoso” que é o “Rancho De La Luna, no centro do deserto de Joshua Tree”, onde já foram registados trabalhos dos Queens of the Stone Age, Kyuss, Arctic Monkeys ou as famosas Desert Sessions com vários músicos. Com Paulo Segadães na bateria e João Cabrita no saxofone, Misfit é “um disco muito especial”, prossegue o homem tigre, em que, proclama antes da faixa The Saddest Girl on Earth, “Legendary Tigerman não é definitivamente mais uma one man band”. Segundo a editora, Cabrita acompanha ainda nos teclados e Filipe Rocha no baixo.

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Acompanhado pelos dois músicos, andou a viajar e a compor, como explica no intróito de Fix of RNR, “este disco um bocadinho conceptual, escrito quase todo on the road durante a rodagem do filme How to become nothing, entre Los Angeles e o Death Valley”. No centro da história, o Misfit, diz por seu turno à entrada de Motorcycle Boy, porque afinal tudo isto é também uma “homenagem a Rumble Fish”, de Francis Ford Coppola e à personagem homónima de Mickey Rourke no filme. “Todas as canções são escritas pelos olhos deste personagem, um bocadinho enigmático, que vai para o deserto para se tornar em nada e que se chama Misfit”, sugere Paulo Furtado.

Esta antevisão do sexto álbum do músico, que inclui ainda Child of Lust, música “mais saltitante”, comenta o autor, ou To All My Few Brothers, que fecha o álbum com uma dedicatória aos amigos e irmãos que o acompanham, é um conjunto de excertos de 80 segundos. A viagem ao deserto do Oeste americano foi no final de 2016 e a co-produção coube a Johnny Hostile, colaborador regular das Savages e que misturou os 11 temas.

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