Política

E se os líderes mundiais fossem refugiados?

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Saiu da Síria em 2011, a fugir de uma guerra civil que continua a desolar o seu país. E foi na pele de refugiado em Bruxelas, Bélgica, onde conseguiu asilo, que decidiu que queria fazer mais por gente como ele. Abdalla Al Omari criou uma série de pinturas —The Vulnerability Series — que procuram a empatia de quem manda no mundo. A ideia não é chocar ou desrespeitar os líderes mundiais, disse numa entrevista à CNN, mas antes "desarmar as figuras, retratá-las fora de suas posições de poder". Donald Trump com uma criança ao colo e uma fotografia do que se supõe ser a sua família perdida, Angela Merkel de lenço na cabeça e rodeada de galinhas, Putin com um cartaz que é um pedido de ajuda, François Hollande e Nicolas Sarkozy sentados na rua, derrotados, garrafa na mão, Kim Jong-Un vestido como se fosse uma criança, com foguetão-brinquedo escondido atrás das costas. "Ser um refugiado é como ter um novo nódulo no corpo, que não tem nada a ver connosco mas que permanecerá até o último dia", disse o artista sírio à CNN. Quebrando a imagem de poder destes líderes, Abdalla Al Omari espera criar empatia, emoção. Afinal, acredita, a solução para o seu país está nestes homens — e também eles podiam estar na situação dos refugiados.