Facebook, Youtube, Twitter e Microsoft criam aliança contra o terrorismo

Os gigantes da Internet vão colaborar num fórum internacional contra a difusão de conteúdo extremista online. A inteligência artificial é uma das apostas.

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Os esforços devem permitir a definição de métodos transparentes e padronizadas para a remoção de conteúdo extremista Reuters/KACPER PEMPEL

Com o aumento das críticas sobre o papel das redes sociais na difusão de conteúdo extremista – com a primeira-ministra britância, Theresa May, a apelar a um maior controlo da Internet como forma de combate ao terrorismo no início de Junho – várias empresas tecnológicas têm divulgado as estratégias para resolver o problema. Agora, tornam-se aliadas.

Esta segunda-feira, o Facebook, a Microsoft, o Twitter, e o Youtube anunciaram a criação de um fórum global para combater o terrorismo online“O fórum que criámos deve permitir-nos contribuir e aprender com os esforços de cada um, e discutir como continuar a capacitar e treinar organizações da sociedade civil e indivíduos que também estejam a trabalhar em projectos semelhantes”, lê-se no comunicado colectivo.

As novas tácticas de publicidade segmentada do Youtube são destacadas como uma das estratégias que podem ser seguidas: redireccionam pessoas que clicam em anúncios destinados a potenciais recrutas do Daesh para páginas e vídeos com mensagens contra o terrorismo.

A inteligência artificial também é definida como um dos focos de investigação do grupo. Recentemente, o Facebook disse investir nessa tecnologia para identificar automaticamente imagens e publicações com conteúdo extremista. “Queremos encontrar o conteúdo terrorista imediatamente, antes que as pessoas na nossa comunidade o vejam”, lê-se no comunicado da rede social.

Para promover a discussão, o novo Fórum vai organizar um conjunto de workshops em todo o mundo em parceria com o Comité Antiterrorista das Nações Unidas e a fundação ICT4Peace (sigla para Tecnologias de Informação e Comunicação para a Paz). Os projectos devem também contar com a cooperação de empresas de tecnologia mais pequenas, académicos, governos e órgãos supranacionais como a União Europeia e as Nações Unidas. 

“O terrorismo é uma ameaça global que apenas pode ser defendida através de esforços conjuntos,” diz Jean-Paul Laborde, o director executivo do Comité Antiterrorista das Nações Unidas em comunicado. “As Nações Unidas continuam focadas em responder ao flagelo do terrorismo, e estamos motivados para continuar a ser um parceiro chave para o sector privado.”

As empresas esperam que os esforços colectivos permitam a definição de métodos transparentes e padronizadas para a remoção de conteúdo extremista.

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