Teresa Leal Coelho insiste na concessão da Carris a privados

Candidata do PSD a Lisboa assumiu que concorre para ser presidente, mas não vai pedir maioria absoluta.

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Teresa Leal Coelho diz que concorre para ser presidente e que o seu adversário é Fernando Medina NUNO FERREIRA SANTOS
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A escolha da social-democrata foi contestada internamente NUNO FERREIRA SANTOS
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Teresa Leal Coelho ainda não tem programa, mas já tem linhas gerais Daniel Rocha
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A candidata a Lisboa é também deputada e vice-presidente do partido Enric Vives-Rubio

Ainda não tem programa eleitoral, apenas "linhas de orientação", mas há uma ideia que já lá tem lugar marcado: a concessão da Carris a privados. Teresa Leal Coelho deu uma entrevista à TSF, esta terça-feira de manhã, e voltou a dizer que não concorda com a municipalização da Carris. "Não desconfio da iniciativa privada para gerir estas empresas. Acredito que o Estado não tem essa capacidade", repetiu a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições de Outubro.

Ainda neste capítulo, Teresa Leal Coelho considerou que a estratégia que o actual executivo tem vindo a levar a cabo "não serve os lisboetas", apelidando mesmo de "fanatismo ideológico" a opção de manter a empresa de transportes nas mãos do município às custas dos contribuintes. "Esta gestão vai sair muito cara aos munícipes, aliás, já está a sair", disse a candidata, lembrando que é a Emel (empresa que gere o estacionamento na cidade) que está a financiar a Carris, como transferências que recentemente atingiram os 15 milhões de euros.

Questionada pelos jornalistas sobre se não deve ser o estacionamento a financiar os transportes públicos, a social-democrata respondeu: "A Emel naturalmente gere estacionamentos, mas quando tem de o fazer para financiar a Carris, tem preços demasiado elevados". Recordando os tempos em que a classe média ainda não tinha sido expulsa de Lisboa e estacionava à porta de casa e do emprego sem ter de pagar por isso, Teresa Leal Coelho defendeu a "alteração de prioridades", com a maior aposta na acção social.

"Mas é a acção social que vai trazer a classe média de volta?", perguntou a TSF. "É também", disse a candidata do PSD, explicando que têm de se lançar políticas públicas que tornem tão atractivo o aluguer de longa duração como o de curta e que financiem serviços para os jovens casais, como creches e ATL.

Teresa Leal Coelho assumiu que, no próximo dia 1 de Outubro, vai pedir maioria aos lisboetas. "Não vou pedir maioria absoluta", explicou. "O meu objectivo mínimo é vencer as eleições. Estou convencida e estou a concorrer para presidente", esclareceu. A social-democrata, que aceitará ficar com vereadora em caso de derrota, afirmou ainda que já escolheu o seu número dois, mas que não o revela, e anunciou que o seu programa será "apresentado mais adiante".

Sobre a disputa à direita, espaço político onde se candidata também a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, Teresa Leal Coelho disse: "Não estamos em nenhuma competição. O PSD concorre com o PS. O meu adversário é Fernando Medina".

 

 

 

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