Professores satisfeitos com provas online, mas lembram falta de equipamentos

Associação Nacional de Professores salienta que serão necessárias verbas para equipas as escolas.

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Nuno Ferreira Santos

A presidente da Associação Nacional de Professores considerou nesta segunda-feira que a intenção do Governo em acabar com as provas de aferição do 8.º ano em papel é "bem-vinda", mas lembrou que ainda faltam equipamentos em muitas escolas.

Paula Carqueja falava à agência Lusa a propósito da intenção do Governo em acabar as provas de aferição do 8.º ano em papel, uma medida incluída no Simplex -- 2017, que é apresentado nesta segunda-feira.

"Este projecto-piloto é muito bem-vindo. Será excelente quer para os alunos, quer para as escolas, quer para os professores (...). Haverá agilização e simplificação de processos. Além dos benefícios para todos, esta medida vai significar uma poupança de papel em termos de provas e do armazenamento", disse.

No entender da presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), a medida vai também ser de poupança no que diz respeito aos recursos logísticos, lembrando que as forças policiais estão sempre envolvidas no processo, o que acarreta custos.

"A desvantagem neste momento vai para a falta de equipamentos nas escolas. Se a medida for mais tarde alargada, então terá de haver verbas para equipar as escolas e não só na altura da prova. Isto para que todos os alunos aprendam e estejam à vontade com as novas tecnologias", disse.

Velocidade da Internet 

Paula Carqueja salientou também que o problema não está só na falta de equipamento, mas também na velocidade da Internet em algumas regiões.

"Mesmo em sítios em que estão as três operadoras a velocidade é fraca. Também é preciso fazer um levantamento da Internet. Estamos a falar das regiões do interior, das ilhas, mas estou convencida que o Ministério vai assegurar", contou.

A responsável chamou ainda a atenção para a necessidade de haver mais colaboração entre escolas, autarquias e o ministério.

"Tem de haver. Não podemos deixar que haja alunos prejudicados ou que algum pai sinta que o seu educando foi prejudicado. De resto esta medida só traz benefícios", concluiu.

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