Joana Amaral Dias promete “respostas enérgicas" para Lisboa

Joana Amaral Dias acusou Fernando Medina de fazer obras na cidade para “dar-se a conhecer”, uma vez que “o poder lhe caiu no colo”.

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Ex-bloquista é candidata pelo Nós, Cidadãos! Bruno Lisita
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Joana Amaral Dias entra na corrida a Lisboa Bruno Lisita
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Joana Amaral Dias Rui Gaudencio

A candidata do partido Nós, Cidadãos! à presidência da Câmara Municipal de Lisboa comprometeu-se hoje a apresentar “respostas enérgicas, atentas, modernas e cosmopolitas” para devolver à cidade qualidade de vida, advogando que todos os outros candidatos apresentam “alternativas insuficientes”.

“Lisboa necessita de uma candidatura que seja independente, uma candidatura cosmopolita, uma candidatura verde e uma candidatura que consiga devolver a Lisboa a qualidade de vida que Lisboa merece”, declarou Joana Amaral Dias, no âmbito do lançamento da candidatura pelo Nós, Cidadãos!, que integra o movimento político Agir, à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de 01 de outubro.

Para a candidata do partido Nós, Cidadãos!, é necessário fazer “reformas e alterações profundas” na forma como se vive na cidade de Lisboa.

“Os problemas de Lisboa estão, sobejamente, diagnosticados e identificados. Todos sabemos e todos conhecemos os problemas e os pontos críticos da habitação, dos transportes, do trânsito, do estacionamento, da limpeza e da higiene urbana, contudo vão passando sucessivos executivos camarários sem que esses problemas de base e estruturais sejam resolvidos. Aliás, em vez de serem resolvidos, têm surgido em cima desses mesmos problemas novas questões e novos problemas”, afirmou Joana Amaral Dias, em declarações aos jornalistas.

Neste sentido, a candidatura do Nós, Cidadãos! à presidência da Câmara de Lisboa propõe-se a resolver os problemas existentes, apresentando “algumas soluções e algumas alternativas inovadoras e diferentes para a cidade”.

“Desde logo, achamos que a cidade necessita de uma resposta clara ao nível da mobilidade, precisa obviamente de melhorar as condições do Metro, nomeadamente a acessibilidade, mas precisa também, possivelmente, de um metro de superfície”, avançou Joana Amaral Dias, acrescentando ainda que os cidadãos precisam de sítios gratuitos para estacionar na capital.

Ao nível da modernização de Lisboa, a candidata quer implementar uma rede de redes ‘wi-fi’ gratuito em toda a cidade e criar o “Cartão Alfacinha” que permita dar alguns privilégios e discriminar positivamente os lisboetas.

“Os programas que foram até agora apresentados pelos demais candidatos são curtos, são programas breves e […] são também alternativas insuficientes para Lisboa”, considerou Joana Amaral Dias.

Sobre a candidatura de Fernando Medina pelo PS, a candidata do Nós, Cidadãos! disse que o atual presidente da Câmara de Lisboa tem “muitas explicações” a dar sobre o orçamento municipal, referindo-se aos 27 milhões de euros na categoria ‘Outros’ numa “espécie de um saco enorme azul onde não são discriminadas as despesas”.

No âmbito do lançamento da candidatura pelo Nós, Cidadãos!, Joana Amaral Dias percorreu de autocarro a cidade de Lisboa desde a sede do partido até ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara, onde exemplificou a falta de transparência do atual executivo camarário com as obras neste miradouro, uma vez que intervenção foi adjudicada sem concurso público por 5,5 milhões de euros.

Durante esta semana, a candidata do Nós, Cidadãos! à presidência da Câmara de Lisboa vai endereçar a Fernando Medina um pedido de esclarecimentos sobre as obras no Miradouro de S. Pedro de Alcântara e outras situações de opacidade orçamental na autarquia.

Joana Amaral Dias acusou ainda Fernando Medina de fazer obras na cidade para “dar-se a conhecer”, uma vez que “o poder lhe caiu no colo”, criticando o resultado das intervenções: “os lisboetas passaram a ter pior qualidade de vida, mais trânsito, mais engarrafamento e mais confusão”.

Além da candidatura do PS, a candidata do Nós, Cidadãos! comentou a proposta do PSD - Teresa Leal Coelho - com “uma candidatura de última hora, sem qualquer investimento sério”, e a do CDS-PP – Assunção Cristas - que parece “mais para firmar créditos de uma líder de um partido que ficou órfã de Paulo Portas”.

Em relação às propostas da Esquerda, Joana Amaral Dias considerou que a candidatura do BE - Ricardo Robles - “apresenta claramente um candidato de segunda linha” e questionou se o candidato da CDU – João Ferreira - vai desistir do cargo de eurodeputado se por acaso for eleito vereador por Lisboa.

Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 1 de Outubro, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP), Teresa Leal Coelho (PSD), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE) e Inês Sousa Real (PAN), assim como o atual presidente da Câmara, Fernando Medina (PS).

 

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