Fileira do imobiliário vai vender "Houses of Portugal" em quatro mercados estratégicos

Os mercados ditos tradicionais de França e Reino Unidos, e emergentes e estratégicos como o Dubai e o Brasil vão ser alvo de acções de campanha para a promoção do segmento residencial português

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Adriano Miranda

Os mercados ditos tradicionais, como o são a França e o Reino Unido, mas também mercados considerados emergentes, como o Brasil, e ainda os estratégicos, como o Dubai, vão ser alvo de acções específicas de divulgação da fileira do imobiliário português. “O objectivo é posicionarmos a nossa oferta nos segmentos da qualidade e do luxo. Nós não podemos competir com a quantidade e com o preço. Mas temos muita qualidade para lhes mostrar”, explicou José de Matos, presidente da Associação portuguesa dos Materiais de Construção (APCMC), a estrutura que dinamiza, a par da Associação portuguesa Empresas de Mediação imobiliária em Portugal (APEMIP), o projecto “Houses of Portugal, Value & Style”.

A ideia é não só convencer os promotores imobiliários a investir em Portugal, como também atrair novos residentes. Numa altura em que programas como os vistos gold começam a dar sinais de algum arrefecimento, mas também em que o turismo, a reabilitação urbana e uma certa tendência de moda de Portugal enquanto mercado destino, surge como cada vez mais importante haver uma iniciativa agregadora deste género, admitem os seus promotores.  

O projecto "Houses of Portugal", que teve financiamento comunitário, vai estar em vigor até Maio de 2019 e ajudar não só a promover e a organizar a oferta (as empresas de promoção imobiliária poderão participar em acções de capacitação para as estratégias de internacionalização) como também em chamar a atenção da procura. O objectivo é sempre aumentar a notoriedade da fileira da construção e do imobiliário.

Os eixos em que este projecto se vai desenvolver passam pela implementação de campanhas colectivas que façam a promoção de imagem do sector imobiliário português e que possam dar viabilidade à oferta de valor que existe em Portugal junto de prescritores, de opinion makers e outras entidades influentes nos mercados externos. “Nós já temos mercados a pedir produto português, nomeadamente no Médio Oriente, porque reconhecem que ele tem qualidade. O problema é que também estão sempre a pedir preço, querem sempre os preços mais baixos como os que encontram na vizinha Espanha, o nosso principal concorrente”, explica José de Matos, à margem da apresentação do projecto, e que decorreu esta manhã no Porto.

A primeira iniciativa que vai decorrer sob o chapéu do Houses Of Portugal é o lançamento de um concurso de ideias para a criação de uma peça de design que possa representar a fileira, e que viaje depois, em road show, com um “livro de prestígio” que também vai ser elaborado de forma a funcionar como um diretório do “muito e bom que se faz em Portugal”, explica o presidente da APMC. A publicação de reportagens em revistas de prestígio como a Monocle ou a Wallpaper, “com a divulgação de uma mensagem chave impressiva, em que se comunique a excelência da oferta da fileira” e a “realização de microvídeos virais” que possam ser difundidos pelas empresas e usados em eventos promocionais são algumas das iniciativas previstas.

O projecto é financiando pelo Compete2020, no âmbito do  Sistema de Apoio a Ações Coletivas.O investimento elegível é de 474,4 mil euros e a comparticipação conseguida é de 403 mil euros. 

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