Austrália coloca à prova a juventude alemã

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LUSA/JULIAN SMITH

A Alemanha vai estrear-se na Taça das Confederações com o estatuto de actual campeã do Mundo, mas qualquer semelhança entre a selecção alemã que venceu em 2014, no Brasil, o Campeonato do Mundo, e a equipa que Joachim Löw apresentará hoje, a partir das 16h, em Sochi, contra a Austrália, é pura coincidência. Fazendo da competição um tubo de ensaio para o Mundial do próximo ano, o seleccionador germânico convocou apenas três jogadores campeões do Mundo, apostando numa equipa repleta de juventude.

O jogador mais velho (Sandro Wagner) tem 29 anos, sete dos eleitos não têm qualquer internacionalização e apenas três dos convocados (Shkodran Mustafi, Matthias Ginter e Julian Draxler) estiveram no último Campeonato do Mundo. Sem as suas principais estrelas e com o claro objectivo de testar novas opções a pensar no futuro, a Alemanha estará, em teoria, enfraquecida na Taça das Confederações, mas o seleccionador australiano desvalorizou as ausências na mannschaft.

Com apenas uma derrota nos últimos 19 jogos competitivos, mas com uma incómoda goleada sofrida no último ensaio antes da Taça das Confederações (0-4 contra o Brasil), Ange Postecoglou, que nasceu na Grécia mas mudou-se para Austrália aos cinco anos, considerou na antevisão da estreia na competição que as possíveis fragilidades alemãs na Rússia são “um mito”: “Amanhã [hoje] vamos entrar e jogar o nosso futebol. É um grande jogo de abertura para nós e vamos defrontar os actuais campeões mundiais. Eles querem ser novamente campeões no próximo ano e estão muito bem nas eliminatórias para o Mundial. Será um grande teste para nós e não vou cair nessa de serem uma equipa jovem e mais fraco. Acho que isso é um mito.”

Com mais oito anos do que o jogador mais velho dos alemães, Tim Cahill é o líder dos socceroos e após três presenças em fases finais de Mundiais, vai participar, doze anos depois, pela segunda vez numa Taça das Confederações. O jogador dos Melbourne City, que se destacou na Premier League com a camisola do Everton, reconheceu que o duelo com a Alemanha será “um grande desafio” para a Austrália e mostrou-se confiante na obtenção de um resultado positivo para os campeões asiáticos: “A chave para nós será acreditar no nosso valor e na filosofia que temos seguimos nos últimos dois anos e meio. Sabemos que se jogarmos o que somos capazes, poderemos vencê-los”.

O último jogo da primeira jornada da fase de grupos da Taça das Confederações será o sexto confronto entre alemães e australianos. Os germânicos levam vantagem (três vitórias, um empate e uma derrota) e, em 2005, quando as duas equipas defrontaram-se na prova, a mannschaft venceu os socceroos, por 4-3.

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