Portugal perdeu 264 mil habitantes nos últimos sete anos

País mantém a tendência de decréscimo da população, embora esta se tenha atenuado nos últimos três anos.

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guilherme marques

Um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as Estimativas de População Residente em Portugal, publicado nesta sexta-feira, revela que entre 2009 e 2016, a população residente em Portugal reduziu-se em 264 mil pessoas.

Relativamente a 2015, o número de habitantes em Portugal decresceu em cerca de 31 mil pessoas, face ao ano anterior. Mantém-se, deste modo, a tendência de decréscimo populacional verificada desde 2010, apesar de uma certa atenuação nos últimos três anos.

O abrandamento do decréscimo populacional em 2016 resultou da redução dos valores negativos do saldo migratório – no relatório do INE verifica-se uma diminuição do número de emigrantes e da estabilização do número de imigrantes.

Mais bebés e população mais envelhecida

O número de nascimentos subiu para cerca de 87 mil (mais 1,9% que os 85.500 de 2015) e registou-se um aumento do número de filhos por mulher em idade fértil.

Entre 2006 a 2011, o índice sintético de fecundidade apresentou oscilações entre 1,35 e 1,40, tendo posteriormente descido até 1,21 filhos por mulher em idade fértil, em 2013. Em 2016, atingiu-se o valor de 1,36 filhos por mulher em idade fértil, uma recuperação face aos valores observados entre 2012 e 2015.

Por outro lado, o envelhecimento demográfico em Portugal acentuou-se. Em 2016, a idade média da população residente em Portugal situou-se nos 43,9 anos, tendo aumentado cerca de três anos na última década. Em 2006, por cada 100 jovens residiam em Portugal 112 idosos, valor que aumentou para 151 em 2016.

No triénio 2014-2016, o valor da esperança de vida à nascença, foi estimado em 80,62 anos para o total da população, sendo 77,61 para os homens e 83,33 para as mulheres. Embora as mulheres continuem a ter uma esperança de vida superior, a expectativa de vida de homens e mulheres tem vindo a aproximar-se. Na última década a esperança de vida à nascença da população aumentou 2,44 anos, mais 2,80 anos para os homens e 2,00 anos para as mulheres, reduzindo-se o diferencial entre homens e mulheres de 6,52 para 5,72 anos.

Texto editado por Pedro Sales Dias

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