Há 577 círculos. Em cada um é eleito um único deputado por um sistema uninominal e maioritário a duas voltas. Um candidato é eleito na primeira volta se tiver 50% dos votos expressos desde que represente um mínimo de 25% dos inscritos. Caso contrário, há uma segunda volta entre os candidatos que tenham o voto de 12,5% dos inscritos (não dos votos expressos). É eleito aquele que ficar em primeiro lugar.

A abstenção tem influência na passagem à segunda volta. Com uma participação de 60%, um candidato precisa de 21% dos votos para passar à segunda volta. A segunda volta pode ser um “duelo” ou uma “triangular”, em que como o nome indica se defrontam três concorrentes.

Quando há mais de dois concorrentes, pode haver acordos de desistência. Os partidos de uma área trocam “desistências” entre si, para eleger um candidato próximo ou para eliminar um outro, “indesejável”, como é frequente no caso da Frente Nacional.

Entretanto, o quadro partidário mudou com a ascensão da República em Marcha, de Emmanuel Macron. Haverá uma queda maciça dos clássicos “duelos” entre os dois grandes partidos da esquerda e da direita. E uma abstenção forte diminui o número de triangulares.

Para ter a maioria absoluta, são precisos 289 deputados. O sistema francês favorece os grandes partidos e prejudica os pequenos, visando criar maiorias.