Theresa May decapitada: a mais recente polémica do Charlie Hebdo

O semanário publicou ainda um cartoon com pessoas a fugirem de terroristas perto do Big Ben, numa referência aos recentes atentados de Londres. "Conselhos de emagrecimento do Daesh", lê-se.

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LUSA/FACUNDO ARRIZABALAGA

A edição de quarta-feira do jornal satírico francês Charlie Hebdo volta a ter um cartoon polémico na primeira página: uma ilustração da primeira-ministra britânica, Theresa May, decapitada.

"Multiculturalismo à inglesa", titula a publicação francesa. Na imagem, a líder dos tories tem a cabeça debaixo do braço e diz: "O que é de mais é de mais". A frase será uma referência ao discurso de May após o atentado de sábado em Londres.

Nas páginas interiores, o semanário publica uma outra imagem, de pessoas assustadas a correrem, com o Big Ben como pano de fundo. "Conselhos de emagrecimento do Daesh", lê-se na ilustração.

Esta edição do jornal francês está a ser criticada nas redes sociais. "Lembro-me de apoiar o Charlie Hebdo após os ataques [à sua redacção] só para ser gozado por eles depois do nosso [ataque]", escreveu um utilizador londrino.

Em Janeiro de 2015, o Charlie Hebdo foi alvo de um atentado terrorista em que morreram 12 pessoas. O ataque terá sido uma retaliação dos terroristas à publicação de um desenho de Maomé — representar o profeta é proibido na religião islâmica.

Na noite do passado sábado, quando centenas de pessoas enchiam os pubs e as esplanadas de uma das mais concorridas zonas da capital inglesa, uma carrinha atropelou várias pessoas que se deslocavam na Ponte de Londres. Três homens saíram da carrinha e entraram em bares de facas em punho. Conseguiram esfaquear algumas pessoas antes de serem abatidos pela polícia. 

As autoridades britânicas elevaram na passada quarta-feira para oito o número de mortos dos ataques terroristas de sábado à noite em Londres.

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