A enfermeira, o chef e o banqueiro. Quem são as vítimas do ataque em Londres?
Nomes dos oito mortos já são conhecidos: são três franceses, duas australianas, um britânico, um espanhol e uma canadiana.
As autoridades britânicas elevaram nesta quarta-feira para oito o número de mortos dos ataques terroristas de sábado à noite em Londres. Saiba quem são as vítimas.
Christine Archibald, Canadá
Foi o primeiro nome confirmado. Com 30 anos, Christine Archibald, natural de Castlegar, na Colômbia Britânica, Canadá, morreu nos braços do noivo, Tyler Ferguson, quando foi atingida pela carrinha em que se encontravam os três terroristas.
London attack victim Christine Archibald leaves a legacy for social workers https://t.co/vKrNqLMxJL
— The Guardian (@guardian) 6 de junho de 2017
“Ela não compreenderia a crueldade que provocou a sua morte”, diz a família num comunicado citado pelo Guardian. A mesma nota descreve a vítima como uma pessoa humilde, que “acreditava fortemente que cada um deve ser valorizado e respeitado”.
Antes de voar para a Europa acompanhada pelo noivo, a antiga aluna da Universidade de Mount Royal, em Calgary, tinha dedicado o seu tempo a ajudar sem-abrigo numa casa de apoio. A família pede que a memória da vítima seja honrada com o envio de donativos a organizações que façam este tipo de trabalho, ou que as apoiam voluntariando. “Digam que foi a Chrissy que enviou.”
James McMullan, Reino Unido
Natural da capital britânica, James McMullan, 32 anos, foi visto pela última vez quando, durante um jantar de amigos, no bar Baroowboy e Banker, em Borough High Street, saiu para fumar um cigarro. Cinco minutos depois, foi atropelado pelo automóvel conduzido pelos atacantes.
Family of James McMullan, 32, from Hackney believe he was one of the seven people killed in the #LondonBridge attack. pic.twitter.com/PBBUCJuUN1
— Heart London News (@HeartLondonNews) 5 de junho de 2017
McMullan é descrito pela irmã mais nova, Melissa, 30 anos, como uma pessoa “generosa”, com “humor” e uma “personalidade única”, que sempre pôs os “amigos e familiares acima de tudo”.
O londrino estava prestes a lançar o seu próprio negócio, um serviço online que pretendia “revolucionar a educação”, conta a sua família.
Kirsty Boden, Austrália
A australiana Kirsty Boden morreu quando tentava socorrer pessoas feridas no ataque — foi surpreendida pelo carro dos terroristas, na Ponte de Londres. Natural de Loxton, tinha 28 anos e viajara para a capital do Reino Unido para trabalhar como enfermeira.
South Australian premier honours London victim Kirsty Boden – video https://t.co/O6wchbUF0S
— The Guardian (@guardian) 7 de junho de 2017
Ignacio Echeverria, Espanha
Ignacio, 39 anos, estava indicado como desaparecido desde a última vez em que foi visto, em Borough Market, e a sua identificação como uma das vítimas mortais foi confirmada nesta quarta-feira pela irmã. O espanhol trabalhava como banqueiro em Londres e terá morrido ao tentar salvar uma mulher ferida pelos atacantes com o seu skate.
Esta quarta-feira, uma jornalista conhecida de Ignacio, Isabel Duran, deixou uma mensagem no Twitter, onde recordava Echeverria como a pessoa que “atacou os terroristas para tentar salvar uma mulher”. “Ele está no céu com o seu inseparável skate”, escreveu.
Looking for #IgnacioEcheverria disappeared #LondonBrige after defending a victim who was being stabbed#London Please Share#LondonAttacks pic.twitter.com/b8qkDZav1t
— borisvian1 (@shababaty) 4 de junho de 2017
Alexandre Pigeard, França
Alexandre foi a primeira vítima francesa identificada. O francês de 26 anos, natural de Caen, trabalhava como funcionário no restaurante francês Boro Bistro, no mercado de Borough, onde foi atacado pelos terroristas. Um colega de trabalho de Pigeard contou ao Télégramme que foi ele foi esfaqueado no pescoço por um dos atacantes, quando estava no terraço do bar.
The victims of the London Bridge attack: French waiter Alexandre Pigeard who was kille #London https://t.co/C6ZP2HMq1q pic.twitter.com/0F3hEdtKZ7
— londonuk (@london_uknews) 6 de junho de 2017
A mesma fonte lembra Alexandre como um “apaixonado por música electrónica”, que partiu para Londres há nove meses para “melhorar o seu inglês e ganhar experiência”. “Era uma pessoa que amava a vida”, .
Sébastian Bélanger, França
De acordo com o Télegraph, as autoridades francesas já comunicaram a morte do francês de 36 anos aos familiares.
Ministerio del Interior francés confirma la muerte del segundo ciudadano francés, Sebastian Bélanger en ataque de #Londres. Descanse en paz pic.twitter.com/hLzKINZs0g
— Patriotas Unidos (@EspanaPatriotas) 7 de junho de 2017
Natural de Angers, instalado em Londres há sete anos e chef de cozinha num restaurante da cidade, Sébastian foi com os amigos ao restaurante Boro Bistro para tomarem um copo, depois de assistirem a um jogo de futebol. Estava desaparecido desde o ataque. Foi o Presidente francês, Emmanuel Macron, quem confirmou que está entre os mortos.
Xavier Thomas, França
As autoridades britânicas encontraram na terça-feira o corpo de um homem, no rio Tamisa, a oitava vítima dos ataques. O corpo ainda não foi formalmente identificado, mas a própria polícia diz que o cadáver foi encontrado pelos detectives que procuravam o francês Xavier Thomas, de 45 anos.
Xavier estava desaparecido desde sábado e estaria na London Bridge na altura do ataque, onde a sua namorada, Nathalie Cros Brohan, ficou gravemente ferida.
Sara Zelenak, Austrália
Sara, uma babysitter de 21 anos, foi dada como desaparecida no sábado à noite, depois de se ter separado dos amigos e se ter dirigido à ponte de Londres, onde terá sido atropelada pela carrinha dos atacantes.
#Breaking Family of Australian Sara Zelenak, 21, killed in London attack, "deeply saddened at the tragic loss of our beautiful daughter" pic.twitter.com/PfgnirJSpL
— Press Association (@PA) 7 de junho de 2017
As autoridades britânicas confirmaram a sua morte esta quarta-feira. Na terça-feira, a tia de Sara Zelenak, Tara, falou à imprensa, à porta da casa da família, em Ormiston, Queensland, anunciando que já esperava o pior. No mesmo comunicado, descreve a sobrinha como generosa e especial. “É daquelas pessoas que não bebem, não consomem drogas, não fazem nada de errado. É maravilhosa”, conta.
Texto editado por Hugo Daniel Sousa