Com 52 anos, um dos procuradores que está à frente da investigação a António Mexia e às rendas da EDP e da REN ganhou um protagonismo involuntário em 2013, após ter sido divulgado um comentário pessoal seu sobre a então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Na página de facebook da colega Teresa Almeida escreveu que seria boa ideia que a candidata ao lugar de Vítor Gaspar se demitisse mesmo antes de tomar posse. Uma observação sem grande relevância, não fosse dar-se o caso de o magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal estar na altura a dirigir um inquérito relacionado com os contratos de swap. Disponibilizou-se para abandonar a investigação, mas foi mantido nos swaps pelos superiores hierárquicos.

No inquérito às eléctricas partilha responsabilidades com outro procurador igualmente especializado em criminalidade económico-financeira, Ricardo Matos, que em 2009 integrou uma unidade especialmente criada para investigar suspeitas de crimes urbanísticos cometidos por responsáveis da Câmara de Lisboa. Tal como no caso Apito Dourado, que também investigou, era uma equipa coordenada pela procuradora Maria José Morgado.