Marcelo não duvida de solidariedade dos EUA como sucedeu há 60 anos

Estados Unidos autorizaram autorizaram, em 1957, a entrada de milhares de açorianos em solo americano após a erupção do vulcão dos Capelinhos.

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O Presidente da República continua nos Açores LUSA/MIGUEL A. LOPES

O Presidente da República disse não ter “a mínima das dúvidas” da solidariedade norte-americana hoje, como sucedeu há 60 anos, quando os Estados Unidos autorizaram a entrada de milhares de açorianos após a erupção do vulcão dos Capelinhos.

“Não tenho a mínima das dúvidas, o peso da comunidade luso-americana é um peso que existe e que tem aumentado no tempo. E as relações são relações que, obviamente, explicariam uma solidariedade idêntica ou maior, mas não vamos esperar que aconteça nada de parecido”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado respondia aos jornalistas, após visitar o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, na Horta, ilha do Faial, quando questionado se a solidariedade norte-americana de há 60 anos, após a erupção, era possível hoje.

Na sequência da erupção, em 1957, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o “Azorean Refugee Act”, permitindo a milhares de açorianos emigrarem para aquele país, incluindo cerca de metade da população do Faial.

A este propósito explicou que esta iniciativa resultou de uma proposta, entre outros, do senador John F. Kennedy, que viria a ser eleito presidente dos Estados Unidos da América.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou outra curiosidade: “A votação está subscrita pelo então vice-presidente Richard Nixon”, para acrescentar “veja bem as voltas que o mundo dá”.

O chefe de Estado admitiu que “seria a coisa mais absurda do mundo” estar no Faial e não ir “a um ponto que foi crucial na vida da ilha, da futura região autónoma – que não existia ainda – e foi um marco na vida do país”.

“Mais, um marco em termos internacionais, porque se tratou de um tipo vulcão diferente que a comunidade científica conheceu e conheceu pela primeira vez”, adiantou.

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