Maçonaria vai outra vez a votos a 24 de Junho

Fernando Lima e José Adelino Maltez são os candidatos que passam à segunda volta das eleições no Grande Oriente Lusitano.

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José Adelino Maltez, um estreante na corrida ao GOL NFACTOS/RUI GONCALVES
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Fernando Lima concorre ao terceiro mandato NFACTOS/RUI GONCALVES
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Os dois candidatos que passaram à segunda volta: Maltez, à esquerda, e Lima, à direita NFACTOS/RUI GONCALVES

Apenas 34 votos (4%) separaram os dois principais candidatos a grão-mestre do Grande Oriente Lusitano nas eleições que se realizaram este fim-de-semana em cerca de 100 lojas espalhadas pelo país (à hora de fechod esta edição faltava apurar os resultados em duas). Fernando Lima, actual grão-mestre, ficou à frente com 37% dos votos (453) e José Adelino Maltez, o segundo mais votado, teve 33% (419). Como ninguém obteve mais de metade dos votos, haverá uma segunda volta a 24 de Junho.

Nas anteriores eleições, realizadas em 2011, Fernando Lima recandidatou-se ao cargo e obteve 57% dos votos, o que significou uma vitória à primeira volta. “Votaram mais de mil maçons, foi talvez a maior participação de sempre”, sublinhou, na altura, o histórico responsável do GOL António Reis à Agência Lusa.

Então, como agora, o António Reis deu o seu apoio a Fernando Lima. Ao lado de José Adelino Maltez estavam outros maçons conhecidos como João Soares, ex-ministro da Cultura, Álvaro Beleza, médico, e Ricardo Sá Fernandes, advogado.

Um dos pontos mais discutidos nestas eleições foi a maior abertura e transparência da maçonaria. Fernando Lima prometia “mais e melhor comunicação com o mundo profano” enquanto Maltez garantia que era preciso “tirar o GOL da clandestinidade”, evitando que a maçonaria continuasse a ser vista como “um local de opacidade”.

Na corrida deste fim-de-semana entrou também o economista Daniel Madeira de Castro, um repetente que queria “acabar com o mito de que a maçonaria é uma sociedade secreta”. Teve 30% dos votos, o que significa que foi o preferido para 362 maçons.

Os candidatos realizaram alguns debates à porta fechada ao quais só puderam assistir maçons. Nas eleições votaram apenas os irmãos com o grau de mestre, um universo eleitoral que rondava as duas mil pessoas.

 

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