Samsung e Sony lideram mercado de óculos de realidade virtual e aumentada

A IDC prevê que as vendas cheguem às centenas de milhões de euros até ao final do ano.

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A IDC prevê que a venda destes aparelhos continue a aumentar Reuters/FABIAN BIMMER

O mundo da realidade virtual e aumentada continua a crescer: nos primeiros três meses do ano foram vendidos 2,3 milhões de óculos de realidade virtual e aumentada. Trata-se de uma subida de 77,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da empresa de análise de mercado IDC, que se diz confiante sobre o futuro destes aparelhos.

Esta quinta-feira, a empresa publicou o primeiro relatório exclusivamente sobre estes aparelhos. O panorama é positivo, com a IDC a prever que as vendas cheguem às centenas de milhões de euros até ao final do ano.

A Samsung lidera as vendas com uma quota de 21,5% do mercado (o equivalente a 483,5 mil unidades enviadas para retalho), seguida da Sony, com 18,8% do mercado. Embora não existam dados publicados sobre 2016, a IDC escreve que verificou uma ligeira descida no número de unidades vendidas pela empresa sul-coreana devido aos problemas com o topo de gama Note 7 que deveria ser utilizado com os óculos Gear. Espera-se que a empresa recupere devido à apresentação do Gear VR com controlador, um sistema apresentado este ano, que traz um comando que permite ao utilizador interagir com objectos no mundo virtual. 

Segundo a IDC, a Sony também deve permanecer no topo, visto que os óculos de realidade aumentada da marca funcionam com as consolas PS4 e PS4 Pro, que milhões de pessoas já têm. A HTC, com os óculos Vive, o Facebook, com os Oculus Rift, e a fabricante chinesa TCL, com o Alcatel VR, também estão entre as empresas que mais vendem estes aparelhos.

A quantidade e variedade de aparelhos não vai ser problema. “O maior desafio é o baixo crescimento de conteúdo que interesse a uma audiência em massa,” explica o analista da IDC Jitesh Ubrani, em comunicado.

Em geral, a maioria das vendas tem ido para os aparelhos de realidade virtual, com apenas 2% das vendas a irem para óculos de realidade aumentada. Nesta fase, a grande maioria dos produtos postos no mercado destinam-se a programadores que desenvolvem produtos na área.

“A maioria dos consumidores terá as primeiras experiências com a realidade aumentada através das câmaras e ecrãs dos aparelhos móveis que já têm como os smartphones e as tablets”, explica o vice-presidente da secção de dispositivos de realidade virtual e aumentada da IDC, Tom Mainelli.

São mercados que já têm valores de vendas significativamente maiores. No mercado dos smartphones, por exemplo, foram vendidas 347,4 milhões de unidades só no primeiro trimestre de 2017.

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