PSD acusa Fenprof de marcar greve com "objectivos eleitorais"

O deputado do PSD, Duarte Marques, diz que convocação da greve surge depois de a Fenprof ter "branqueado" erros do Governo na educação.

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Duarte Marques diz que a Fenprof está a ser o "braço armado do PCP dentro dos sindicatos dos professores" evr Enric Vives-Rubio

O PSD acusou nesta quinta-feira a Federação Nacional de Professores (Fenprof) de ter marcado uma greve para o dia dos exames nacionais com objectivos "eleitorais e autárquicos" e desrespeitar o esforço de estudantes, professores e famílias. A Federação Nacional de Educação (FNE) também anunciou uma greve para o mesmo dia.

"O PSD vem lamentar a marcação de uma greve para o dia dos exames, consideramos que a marcação da Fenprof não respeita o trabalho e o esforço dos estudantes. Trata-se de uma instrumentalização que põe em causa a tranquilidade deste período tão importante para a vida de milhares de pessoas", afirmou o deputado do PSD Duarte Marques, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

O deputado social-democrata acusou a Fenprof de, no último ano e meio, ter "branqueado os erros do Governo em matéria de educação". "Agora que se aproximam as eleições autárquicas vem marcar uma greve num dia tão importante para todos, sobretudo para marcar as suas diferenças face ao Governo e poder preparar o seu resultado eleitoral", disse.

Questionado se o PSD responsabiliza o PCP pela marcação desta greve, Duarte Marques respondeu: "Estou a dizer que a Fenprof está a entrar na área político-partidária e com esta greve está, como é seu timbre, a ser o braço armado do PCP dentro dos sindicatos dos professores."

"Não pomos em causa o direito à greve, mas marcar uma greve após tantos meses e precisamente para o dia dos exames é de baixo tom, é mau, é lamentável, e sobretudo não será compreendido por nenhum português", afirmou, assegurando que as divergências políticas do PSD com o Governo em matéria de educação nunca serão utilizadas em dia de exames nacionais.

A Fenprof anunciou nesta quinta-feira a marcação de uma greve nacional de professores para 21 de Junho, cuja concretização fica dependente dos compromissos que o Ministério da Educação estiver disponível para assumir numa reunião a realizar na terça-feira.

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